*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Especial Dilma Vana Rousseff

Presença de Dilma, no Senado legitima o julgamento e derruba a narrativa [de golpe] de sua Excelência e de seu partido. Se assim fosse, esse processo seria suspenso na sua origem... Com tantas pessoas importantes presas na Operação Lava Jato, os brasilieros acreditam sim que ninguém está acima da lei, nem mesmo o presidente da República...Não estamos aqui julgando a sua biografia, o seu passado, a sua história pessoal, que eu respeito. Estamos julgando atos praticados pela sua Excelência em seu governo" senadora Ana Amélia (PP-RS)

Abaixo, trechos do discurso de Dilma Rousseff no Senado ontem, segunda 29:

“Estamos a um passo da concretização de um verdadeiro golpe de estado. Do que eu fui acusada? Quais os crimes hediondos que eu pratiquei?"

“Não é legitimo, como querem meus acusadores, afastar o chefe de estado e de governo por não concordarem com o conjunto da obra. Quem afasta o presidente por conjunto da obra é o povo, só nas eleições",

“Não é legitimo, como querem meus acusadores, afastar o chefe de estado e de governo por não concordarem com o conjunto da obra. Quem afasta o presidente por conjunto da obra é o povo, só nas eleições",

"Cassar meu mandado é como me condenar a uma pena de morte política. Essa é a segunda vez que me vejo em um julgamento injusto. Na primeira vez, fui condenada por um tribunal de exceção. Daquela época, ficaram as marcas no meu corpo e um registro da minha presença diante dos meus algozes, olhando de cabeça erquida enquanto eles escondiam o rosto. Hoje, quatro décadas depois, não há prisão ilegal, não há tortura. Meus julgadores chegaram aqui pelo mesmo voto popular que me conduziu à Presidência e, por isso, têm meu respeito. Continuo de cabeça erguida olhando nos olhos dos meus julgadores",

"Por duas vezes, vi de perto a face da morte: quando fui torturada por dias seguidos submetida aos que nos faziam duvidar da humanidade e do sentido da vida, e quando uma doença grave e extremamente dolorosa poderia ter abreviado minha existência. Hoje, só temo a morte da democracia, pela qual muitos de nós aqui neste plenário lutamos com o melhor dos nossos esforços"

“Todos sabem que este processo de impeachment foi aberto por chantagem explícita do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como chegou a reconhecer em declaração à imprensa um dos próprios denunciantes. Exigia aquele parlamentar que intercedesse para que deputados do meu partido não votassem pela abertura do seu processo de cassação. Nunca aceitei na minha vida ameaça ou chantagem. Se não o fiz antes, não o faria na condição de presidenta."

"Votem sem ressentimento. o que cada senador sente por mim importa menos do que aquilo que todos nos sentimos pelo povo brasileiro. Peço votem contra o impeachment, votem pela democracia".

"Faço um apelo final a todos os senadores. Não aceitem um golpe que, em vez de solucionar, agravará a crise brasileira. Peço que façam justiça a uma presidente honesta que jamais cometeu qualquer ato ilegal na vida pessoal ou nas funções públicas que exerceu”

Em resposta à senadora Ana Amélia (PP-RS), Dilma comparou o processo de impeachment a uma árvore ao tentar explicar o que entendia como golpe parlamentar. “A diferença consiste que no golpe militar é como se você tivesse uma árvore, que você derruba o governo e o regime democrático. O que tem acontecido no golpe parlamentar é que você tira um presidente eleito por razões que estão fragilizadas pelo fato de que não tem crime de responsabilidade que as sustentem. É como se essa árvore não fosse derrubada, mas atacada por forte e intenso ataque de fungos, por exemplo”