*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

“Foi uma ameaça?!”

Se Gilmar Mendes tem algum amigo, talvez tenha chegado a hora de esta boa alma aproximar-se dele e sugerir calma. Porque o mais falastrão ministro do STF está com a língua mais solta do que nunca. Em aspas publicadas pelo Estadão, o juiz não esconde a indignação com a capa da Veja sobre Dias Toffoli, aquela em que este membro da Suprema Corte é apontado como alvo da delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. No trecho mais forte, e insinuando que o vazamento chegou à revista por intermédio dos procuradores da Lava Jato, as palavras de Mendes soam ameaça, e das fortes. Diz ele: 
Isso não vai prosseguir assim, a gente tem instrumentos para se colocar freios. É preciso colocar freios nisso, nesse tipo de conduta. No caso específico do ministro Toffoli, provavelmente entrou na mira dos investigadores por uma ou outra decisão que os desagradou. (…) Isso já ocorreu antes no Brasil. O cemitério está cheio desses heróis. Mesmo no elenco dos procuradores. Ninguém pode esquecer de Guilherme Schelb, Luiz Francisco e tantos mais (procuradores da República que foram acusados de abusos). Estamos preocupados, mas está dado o recado.”
Curiosamente, Mendes fecharia o desabafo defendendo a lei desengavetada por um Renan Calheiros cada vez mais acuado por investigações. E assim falou: “Depois não querem a Lei do Abuso de Autoridade. É muito curioso.” Mais curioso ainda é um ministro que se expressa nesses termos reclamar de abuso de autoridade. CONFERE LÁ

Nota de rodapé: “A cúpula da Lava Jato fez um diagnóstico do episódio da suspensão da delação de Léo Pinheiro, segundo o Painel da Folha: o avanço das investigações sobre o Judiciário pode acabar impondo um freio à operação” - O Antagonista nesta quarta(24), por email