*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Quanto custa um apenado?

Cinco salários mínimos, esse é o custo por preso que o Governo brasileiro tem em prisões federais. A negligência com a Educação certamente é um dos motivos da alta taxa de criminalidade no país. Mas qual a solução? Uma proposta controversa é a cobrança de diárias dos presos, que devem pagar seus custos enquanto permanecem na prisão.
Assim é, por exemplo, nos Estados Unidos. A primeira lei sobre a cobrança de tarifas dos presos no sistema correcional americano surgiu em 1846, quando o estado de Michigan autorizou prisões municipais a cobrar de seus presos taxas para cobrir custos médicos. Em 1985, a prisão de Macomb foi autorizada a cobrar 60 dólares por dia de seus presos. A taxa se refere a instalações (quartos ou celas), custos médicos, dentista, visitas de enfermeiros em caso de urgência, receitas médicas e remédios, além de tratamento hospitalar, se necessário.
Esse exemplo hoje é seguido em centenas de prisões americanas, para diminuir os custos que o governo tem com o aumento de mais de 700% na população carcerária desde os anos 70. O país, que tem 5% da população mundial, tem aproximadamente 25% dos presos do mundo. Apesar de controversa, essa lei tira da população de bem os custos de manutenção de criminosos presos, pois seus impostos deixam de ser usados para isso.
E como funciona no Brasil? - O Estado gasta mais de R$ 40 mil por ano com cada preso em presídios federais, e por volta de R$ 21 mil em presídios estaduais. O custo equivale a mais do dobro da renda per capita dos estados onde existem as maiores populações carcerárias. O alto custo nas prisões federais se justifica, segundo o Ministério da Justiça, por serem “presídios de segurança máxima”.
Em tempo: Quanto o governo gasta por aluno na rede pública brasileira?
Alunos da rede federal têm um custo médio de R$15 mil por ano, e na rede estadual R$ 2,3 mil por ano. Para comparação, uma escola particular não custa menos do que R$15 mil por ano para os pais de um aluno no ensino médio. Para pesquisadores, essa diferença mostra claramente dois dos principais problemasdos setores de educação e prisional: baixíssimo investimento na educação e ineficiência do gasto nas prisões Leia na íntegra

Enquanto isso: Inauguradas a partir de 2010, 18 das 20 prisões mais recentes em operação em São Paulo já estão superlotadas. A situação gera queixas de especialistas, que apontam a ampliação de penas alternativas como forma de reduzir a superpopulação carcerária. Essas 20 unidades abrigam 26.872 detentos, segundo a SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária), para uma capacidade de 17.613 – um excedente de 53%. Dos 20 locais, 13 foram construídos para abrigar 847 presos cada. Considerando-se o excedente (9.259 pessoas), seriam necessárias 11 prisões iguais a essas somente para atendê-las, no limite... Leia mais - Se a coisa continuar neste crescente - e pelo que parece a coisa vai continuar neste crescente – tá na hora de pensar no programa Meu Presídio Minha Vida.


Aliás e a despropósito: Hábito de 15% da população segundo a mais recente edição da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", divulgada em maio, comprar livros pela internet vai ficar mais oneroso a partir de 1º de setembro. Não porque os preços de capa vão subir nas lojas virtuais, mas sim devido a mudanças dos Correios que afetam exclusivamente a postagem de livros... os Correios devem passar a permitir oficialmente o uso do registro módico - que possibilita o rastreamento de encomendas por 50% do valor do registro comum, de R$ 4,30 - mas vão proibir a postagem de livros como mala direta, modalidade comum aos livreiros e a mais barata ao consumidor.