Investigação feita pelo Ministério Público da Suíça aponta
que subsidiárias da Odebrecht no exterior estão na origem de pagamentos que
somaram US$ 17,6 milhões (R$ 59 milhões) a ex-dirigentes da Petrobras em contas
secretas na Europa.
Segundo documentos compartilhados
com os procuradores da Operação Lava Jato, o dinheiro percorreu empresas
baseadas em paraísos fiscais – cinco delas controladas pela própria Odebrecht –
até as contas dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque,
Jorge Zelada e o ex-gerente Pedro Barusco na Suíça e em Mônaco. Estes
documentos bancários embasaram a decretação de uma nova prisão preventiva de
Marcelo Odebrecht e de outros executivos da companhia nesta sexta (24) e são a
principal evidência material que sustentam a denúncia do Ministério Público
Federal contra eles.
Havia dois métodos do repasse do
dinheiro, segundo informou o Ministério Público da Suíça: 1) empresas controladas por subsidiárias da Odebrecht faziam
transferências diretamente nas contas dos dirigentes da Petrobras na Europa e; 2) as offshores atribuídas à
empreiteira repassavam recursos a outras empresas baseadas em paraísos fiscais
que, logo depois, abasteciam as contas dos executivos da estatal. CONFERE LÁ
NOTA DE RODAPÉ:
O PT vive o impeachment de Dilma Rousseff como o penúltimo capítulo de uma
saga que pode terminar com a condenação e até, no limite, com a prisão do
ex-presidente Lula. Senadores do partido e interlocutores do petista faziam
reservadamente essa análise. Depois da queda final da presidente, começará o
que eles consideram uma tentativa de "caçada final" a Lula, para
impedi-lo de concorrer à Presidência em 2018. Repetem, assim, diagnóstico feito
por José Dirceu quando foi condenado pelo mensalão, em 2012. Ele dizia que
seria o primeiro a cair, e que em seguida viriam Dilma e Lula. Reclamava que
alertava o PT, mas que o partido não dava a menor bola. Mônica Bergamo/Folha, nesta
terça 30