As incertezas do Governo Dilma
pendiam apenas para o lado negativo.
Dilma está fora e o mercado não
liga mais para isso.
O mercado precifica sempre as
novidades e nunca as obviedades.
Então ouço gente dizendo: a Bolsa
caiu -1,15% no dia do impeachment, mercado não gostou.
É uma ilação equivocada.
É claro que o mercado adorou o
impeachment; tanto é que comemorou antecipadamente.
Não por acaso, a Bolsa brasileira
dispara +34% desde o início do ano, em sã consciência.
Os financistas não mais falarão
sobre Dilma - seja ela aluna, professora ou secretária.
Falaremos sobre Michel Temer e
sobre a prisão de Lula, assuntos a fazer preço de agora em diante.
“A incerteza chegou ao fim” - disse Temer, em
seu primeiro pronunciamento como presidente.
A certeza do impeachment é que
chegou ao fim; a incerteza está só começando.
Isso não é necessariamente um
problema.
O mercado aprecia incertezas que
possam pender para o lado positivo, ainda que estejam longe de quaisquer
garantias. Rodolfo Amstalden/O Antagonista, enviado
por email