*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Entrevista com a ministra Cármen Lúcia

A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, afirmou nesta segunda-feira (17), em entrevista ao programa Roda Viva (TV Cultura), que a "celeridade" da Operação Lava Jato é um "exemplo a ser seguido". A ministra, contudo, ponderou que a "legitimidade" da operação está relacionada ao que foi descoberto nas investigações. - Abaixo o blog selecionou alguns trechos da entrevista:

Propostas do MP contra corrupção
"Qualquer conjunto de medidas que sirva para aprimorar as instituições no combate à corrupção é sempre positivo, muito mais positivo quando posto pela sociedade. [...] Precisamos de ética na sociedade como um todo. Precisamos de uma transformação na sociedade no sentido de nos comprometermos e nos responsabilizarmos. O Estado que aí está não caiu do céu nem saiu do inferno. Fomos nós que construímos.”
Mudança na lei que trata do abuso de autoridade
"Acho que toda lei pode se atualizar. O que é preciso perguntar é se há legitimidade de mudança neste momento e se essa legitimidade não passa por uma análise de oportunidade e convenciência. É oportuno mudar agora? Como a sociedade vai ver isso? Acho que o Congresso haverá de ter o cuidado de saber o que a lei legitima quando tem eficácia mesmo. Ou seja, quando a lei pega. Se ela [nova lei] não for acreditava, ela realmente nasce, de alguma forma, contaminada ou tisnada".
Foro privilegiado
"Temos de pensar outra forma, que não é a prerrogativa de foro como está hoje. Há algumas ideias, por exemplo, de órgãos colegiados e específicos [...]. É preciso pensar algo em que não esteja esta vinculação, essa direção como se fosse realmente não uma prerrogativa no sentido de um dever, mas como um privilégio. E privilégios são incompatíveis." Leia na íntegra