“O
governo federal conta com a participação da iniciativa privada nos projetos de
infraestrutura e parcerias público-privadas, mas, a curto prazo, grande parte
dessas empresas está mais concentrada em resolver seus problemas de
endividamento. Levantamento do banco Goldman Sachs mostra que o setor
empresarial tem uma dívida total de R$ 3,6 trilhões, o equivalente a 61% do
Produto Interno Bruto (PIB), e cerca de metade desse valor tem vencimento a
curto prazo... essa cifra, R$ 3,6 trilhões, é 22% superior a toda a dívida
pública interna e externa. O prazo médio desse endividamento, por outro lado, é
considerado baixo, de 6,7 anos, o que, muitas vezes, exige rolagem frequente
desses compromissos financeiros - O Globo/ Negócios e Finanças no
domingo (2)
A economia alemã parece ter ignorado o Brexit, a crise do euro ou a
crise mais recente dos refugiados. Segundo as previsões dos institutos de
pesquisa econômica, a maior economia da União Europeia espera um "outono
dourado", que é verificado também, pela primeira vez, no aumento do
consumo interno. O crescimento de 1,9%, confirmado para 2016, deverá continuar
estável nos próximos dois anos, com previsão de 1,6% e 1,5%.
A previsão apresentada esta
semana pelos principais institutos de pesquisa - chamados de "sábios"
pelo papel de assessoramento de suas análises - é sustentada, sobretudo, pelas
exportações de máquinas de construção e tecnologia de ponta. Esta última é, ao
lado da indústria automobilística, uma das principais bases da economia alemã.
-A economia alemã espera um
outono dourado - revelou Clemens Fuest, diretor do Instituto de Pesquisa
Econômica de Munique (Ifo). Mesmo assim, o governo alemão adverte para o fato
de que ainda existem fatores de incerteza, como um possível agravamento da crise
dos dois maiores bancos alemães, o Deutsche Bank e o Commerzbank, e a crise do
envelhecimento da população, cujos efeitos já poderão ser sentidos a partir de
2020.
Já Simon Junker, do Instituto de
Pesquisa Econômica de Berlin (DIW), é mais moderado. Na sua opinião, a
Alemanha, com sua estrutura econômica mais robusta e mais competitividade, foi
pouco afetada pela crise do euro, mas depende do capital estrangeiro, o que
seria, porém, consequência da globalização.
- As empresas do índice DAX da
Bolsa de Frankfurt têm, pelo menos, 50% de suas ações na mão do capital
estrangeiro - disse Junker.
A Alemanha é hoje não apenas a
campeã em exportações. Segundo análise divulgada esta semana pelo Fórum
Econômico Mundial, a Alemanha é o quinto país mais atraente para os
investidores internacionais.
De acordo com Junker, o aumento
do consumo interno também contribuiu para tornar o país mais atraente na
avaliação de investidores. Até agora, o consumo era um ponto tradicionalmente
fraco da economia alemã. Leia
na íntegra