*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

“Mentira puxa mentira e o cérebro se adapta”

Uma mentira puxa a outra. E quem mente uma vez, tende a mentir cada vez mais. Esta é a conclusão a que chegaram neurologistas da Universidade College London (UCL) no estudo chamado “O cérebro se adapta à desonestidade”.
No experimento, os voluntários foram incitados a mentir repetidamente. E, dependendo da gravidade da mentira, eles eram recompensados financeiramente. O resultado surpreendeu até os próprios pesquisadores.
“O estudo é a primeira evidência empírica de que o comportamento desonesto cresce se ele for repetido”, afirma Neil Garret, neurologista do Departamento de Psicologia Experimental da UCL.
O experimento
No experimento, 80 pessoas visualizaram fotografias de copos preenchidos com diferentes quantidades de moedas de um centavo. Em seguida, os voluntários foram orientados por um computador a aconselhar um parceiro (um ator, desconhecido dos voluntários), que tinha visto os mesmos copos em imagens desfocadas, sobre quanto dinheiro os copos continham.
No primeiro experimento, os participantes foram recompensados pela honestidade. “Eles foram informados de que, quanto mais precisa fosse a avaliação do parceiro, ambos – voluntário e parceiro – receberiam mais dinheiro”, explicou Garret.
No segundo experimento, um dolo proposital foi recompensado com lucros para ambos. E, num terceiro, explicou-se aos participantes de que a mentira prejudicaria somente o parceiro.

“As pessoas mentiram mais quando ambos podiam tirar proveito”, disse a cientista Tali Sharot, coautora do estudo. “Se a situação beneficia apenas a si próprio, mas prejudica outra pessoa, mente-se menos.” Leia na íntegra