*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Polícias X polícias

A justiça tarda, mas não falha? Errado: a justiça que tarda é falha. A prisão por condenação em segunda instância é um dos meios de aliviar nossa raiva de ver uma justiça que nunca alcança poderosos endinheiradosFrancisco Daudt psicanalista

Com índices de criminalidade em baixa e após muito investimento na formação dos agentes, a polícia de Portugal passou mais de dois anos sem causar nenhuma morte. No último mês, porém, os policiais já fizeram três vítimas fatais. A escalada na violência preocupou as autoridades. Embora quando comparados ao Brasil os números sejam inegavelmente pequenos — em 2015, só a polícias Civil e Militar do Estado do Rio de Janeiro mataram 645 pessoas, segundo números da Human Rights Watch — os episódios de confrontos violentos dos agentes com bandidos são cada vez mais raros em Portugal. CONFERE LÁ
O lobby das polícias militares no Congresso, um dos mais fortes da bancada da bala, conseguiu que seja colocada na Comissão de Segurança Pública da Câmara, um projeto que propõe que seja adotada uma lista tríplice na escolha dos comandantes das PMs nos estados. O projeto, apresentado pelo deputado Cabo Sabino, do PR do Ceará, já está na pauta da comissão para ser votado. Além de uma lista tríplice que seria submetida ao governador, o comandante da PM passaria a ter um mandato de dois anos, podendo ser reconduzido ao cargo. Lauro Jardim/O Globo
Alerta! - Setores da Polícia Federal estão muito preocupados com os rumores de novas mudanças no grupo de delegados que integra a força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba. Policiais federais foram alertados por amigos dentro do governo que os alvos agora são aqueles que estão desde o início da operação, Márcio Anselmo e Érika Marena. Érika, para quem não se lembra, é aquela delegada considerada a madrinha da operação. Foi ela quem a batizou de Lava-Jato. E Márcio Anselmo é hoje uma espécie de “pai” da investigação. Se o governo mexer aí, em especial com a perspectiva de delação de Marcelo Odebrecht, vai dar problema. Denise Rothenburg/Correio Braziliense – Enviado por CacauQuil

Quando sofreu o processo de impeachment no Congresso e deixou o poder, a ex-presidente Dilma Rousseff perdeu o direito ao foro privilegiado – ou seja, não poderia mais ser julgada em Brasília, pelo STF. Com isso, a Procuradoria-Geral da República pediu ao ministro Teori Zavascki... para remeter o inquérito envolvendo a petista, suspeita de obstruir a Operação Lava-Jato, ao juiz Sergio Moro. Parecia lógico. Mas não foi o que aconteceu. Para o ministro Teori Zavascki, a investigação sobre Dilma tem que continuar no Supremo. “Os fatos em destaque têm como premissa de capitulação o delito de embaraçamento à investigação de crime envolvendo organização criminosa que atuava diretamente no âmbito das diretorias da Petrobras”, escreveu o procurador-geral Rodrigo Janot. Para ele, o caso de Dilma deveria ser submetido “ao conhecimento da 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná por encontrarem-se imbricados no complexo investigativo denominado Operação Lava Jato”... Após avaliar os argumentos de Janot, o ministro Teori Zavascki, num despacho de nove páginas, indeferiu o pedido. Leia na íntegra

No dia em que Dilma foi às compras

Imagem Veja – clique na imagem para aumentar
Trecho de diálogo entre a presidente Dilma Rousseff e Hugo Chávez, 
em documento do Itamaraty enviado para Embaixada do Brasil, em Caracas

Quando recebeu a primeira visita do presidente venezuelano Hugo Chávez, em junho de 2011, a recém-empossada Dilma Rousseff fez uma revelação chocante. Logo no primeiro minuto da conversa, a presidente do Brasil fez um relato de como o seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva e ela própria estavam trabalhando para colocar a Venezuela dentro do bloco do Mercosul. VEJA teve acesso a um telegrama diplomático enviado de Brasília para a Embaixada brasileira em Caracas no qual há uma transcrição do diálogo entre Dilma e Chávez registrado no dia 6 de junho de 2011. O documento foi classificado como “secreto” e só poderia ser disponibilizado ao público em 2026...  
Em maio de 2011, o Senado alterou o indicador para o cálculo do pagamento pela energia que o Paraguai vende para o Brasil, triplicando o valor. Foi o que Dilma chamou de “troca de notas”. A relatora do projeto foi a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) que classificou como “justa” e estratégica a medida que fez subir de 120 milhões de dólares para 360 milhões de dólares o custo da aquisição do excedente paraguaio de energia. O presente de Dilma aos paraguaios teve um impacto direto no Tesouro, que assumiu a diferença do valor da fatura. Mas não demorou para a conta chegar na luz dos brasileiros. Três anos depois, os cidadãos já pagavam 29% a mais pela energia. CONFRE LÁ