*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Discurseria

O bispo botou sua igreja em mais de 100 países. Tem mais seguidores fora do Brasil do que dentro. Vendia bilhetes e hoje tem a segunda maior rede de televisão do país. Tem 100 emissoras de rádio. Disse que ia construir uma réplica do Templo de Salomão e agora vai fazer mais três. Na prefeitura, não deve ser diferente”. (Anthony Garotinho, ex-governador do Rio de Janeiro, em entrevista à BBC Brasil, examinando o patrimônio atual e futuro de Edir Macedo, tio do prefeito eleito do Rio, para detalhar criteriosamente o contrato de aluguel entre o seu PR e o PRB de Marcelo Crivella) Augusto Nunes/Veja

   
#blablabla1 - A ideia central da esquerda – do único tipo de esquerda que vale a pena preservar– é a concepção do engrandecimento dos homens e das mulheres comuns. A diminuição das desigualdades é acessória a esse objetivo. Não repitamos no Brasil a trajetória calamitosa da esquerda europeia, que demonizou a pequena burguesia, ajudando a convertê-la em sustentáculo dos movimentos de direita e distanciando-se das aspirações reais dos trabalhadores - Entrevista com Mangabeira Unger, sobre a ascensão evangélica no Brasil em entrevista à Folha. CONFERE LÁ
-Queria saber se nesta definição de esquerda – “que vale a pena preservar” – traz uma solução para o que fazer com 12 milhões de desempregados...
#blablabla2 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou pela primeira vez depois do 2º turno das eleições municipais e comentou sobre a perda nas urnas de várias prefeituras pelo país. "Eleição é assim. A gente ganha uma e perde outra. O PT na última eleição ganhou todas as cidades da grande São Paulo. Agora perdeu e daqui a quatro anos ganha outra vez. Isso que é bom na democracia."
O comentário de Lula foi feito na manhã desta terça-feira (1º), em Buri (SP), durante uma visita a estudantes do campus da UFSCar na cidade. Lula citou a atual situação do Partido dos Trabalhadores (PT), que perdeu a prefeitura em muitos municípios, passando de 27 milhões de eleitores para 4,36 milhões de eleitores onde governa. CONFERE LÁ
... e, repito, deixou um saldo de 12 milhões de desempregados. 

Após a vitória no Rio, Marcelo Crivella pode ser a aposta de líderes evangélicos para a disputa presidencial de 2018, nem que seja para testar seu nome no eleitorado nacional. “Chegará o momento em que o Brasil terá um presidente evangélico. É natural”, diz o bispo Robson Rodovalho, presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil e coordenador de candidaturas pentecostais e neopentecostais de diferentes denominações para formar a base desse projeto político.
Test drive Robson Rodovalho acompanhou 100 candidatos evangélicos, entre prefeitos e vereadores, e elegeu 62 deles. “Hoje Universal e Assembleia de Deus caminham juntas em nome de um projeto maior.”
Multiplicai-vos O bispo começa a desenhar plano semelhante para o Congresso, em 2018. Quer chegar a pelo menos 150 parlamentares. “O projeto de poder é sermos representados e que vejam que a igreja evangélica tem como contribuir com grandeza e altruísmo.” PAINEL/FOLHA
-Quando uma religião fala em “projeto de poder” é bom ligar o Alerta!  

Um cartum pra começar bem a semana
   

VOLTA, FFFHHH - Em 1995, Fernando Henrique Cardoso elegeu-se presidente, e assim surgiu FH. Um ano depois ele começou a trabalhar sua reeleição, e daí nasceu FFHH. Agora o tucano Xico Graziano, seu assessor direto no Planalto, lançou-o como candidato a presidente. Pode ser numa eleição indireta, para um mandato-tampão caso Michel Temer seja impedido, ou numa direta, em 2018. Nesse caso, a conta dos votos seria outra.
FFFHHH disse que “jamais cogitou” disputar a Presidência pela terceira vez. Aos 85 anos, poderia ter dito que “jamais cogitará”, mas não disse.
Nunca é demais repetir a fórmula do general americano William Sherman, o carrasco do Sul durante a Guerra da Secessão. Ele informou: “Nunca fui e nunca serei candidato a presidente. Se for indicado, recusarei a candidatura e, mesmo que venha a ser eleito por unanimidade, não assumirei o cargo”.
Elio Gaspari/O Globo