Na
terra do Crivella Há pastores evangélicos reclamando da crise. Dizem que os
fiéis não estão pagando o dízimo com a mesma regularidade de antes. Já tem até
igreja fechando na Zona Oeste do Rio. Ancelmo Gois/O Globo
Pacote de maldades é coisa de
político fraco. O novo é fazer maldades com requintes de crueldades. Foi o que
fez o governador reintegrado ao cargo no Rio de Janeiro, Luiz Pezão. Na
impossibilidade de lidar com crise que se abate sobre o estado fluminense com
trivialidade, Pezão apareceu com uma lista de medidas absolutamente drásticas
para evitar que as finanças regionais afundem de vez.
Ele não tinha outra opção e chega
atrasado com as soluções. Por isso elas tiveram de ser tão dramáticas. Do
desconto de 30% de aposentadorias e pensões, ao congelamento de salários por
três anos, passando pelo desejado corte de secretarias e a suspensão de anistia
de impostos, o governo do Rio de Janeiro tenta entregar uma lição de casa que
deveria ter sido feita há pelo menos dois anos. [...].
Os erros cometidos na gestão
pública não deixam barato e a conta chega, indubitavelmente. Os cariocas terão
que engolir a seco as maldades necessárias para corrigir as bondades
manipuladoras e insustentáveis que foram propagadas até agora. Assim como no
Rio será no resto do Brasil. Rio Grande do Sul e Minas Gerais devem ser os
próximos da fila a aparecer com seus embrulhos espinhosos. E não vão ficar
sozinhos por muito tempo porque a mudança radical na gestão pública será
inevitável – sob a ameaça de implantarmos no Brasil uma economia que viverá
exclusivamente para sustentar os rombos dos cofres públicos. Por Thais
Herédia/O Globo – Leia
na íntegra