"Não há ‘solução institucional’ para este
país, pela simples razão de que as ‘instituições’ são o problema. Foram todas
construídas para criar precisamente a situação em que nos encontramos."
Olavo de
Carvalho
“Barraco
Federal”
"Talvez não seja o melhor momento para
deliberação de uma nova lei de abuso de autoridade, considerando o contexto que
existe uma operação importante, não só a Lava Jato, mas várias outras ações importantes",
afirmou Sergio Moro em um debate no
Senado sobre o projeto do abuso de autoridade.
“Qual seria o momento adequado para discutir
esse tema, de um projeto que tramita no Congresso há mais de sete anos?...
Vamos esperar um ano sabático das operações? Não faz sentido algum",
rebateu Gilmar Mendes – ministro do STF -
que também participava do mesmo debate, nesta quinta (1º de Dezembro), no
Senado.
Ao menos uma centena de advogados
criminalistas vivem expectativa de nova fase da Operação Lava Jato, mas
desta vez os alvos seriam eles próprios. É que, em sua delação premiada, a
Odebrecht finalmente esclareceu um grande mistério: quem paga a milionária
defesa dos acusados na Lava Jato. Executivos revelam que empreiteiras enroladas
na investigação bancam a defesa milionária de políticos enrolados. Ainda não se
sabe o que empreiteiras como Odebrecht gastaram (e ainda gastam) com advogados
de políticos, mas pode chegar ao bilhão.
Por meio de quebra de sigilo e
rastreamento, a Lava Jato pode chegar à origem eventualmente ilícita de
honorários advocatícios. A investigação da origem dos pagamentos aos mais caros
criminalistas do País deve ser cuidadosa, para não ofender a lei e melindrar a
OAB. Os escritórios e o exercício da advocacia são protegidos por legislação
que garante aos profissionais direitos e prerrogativas especiais. Claudio
Humberto/Diário do Poder – Enviado por Cacau Quill
Aliás e a propósito: O empresário Emílio Odebrecht e
seu filho, Marcelo Odebrecht, assinaram acordo de delação premiada e o acordo
de leniência da empresa. Emílio assinou o acordo na Procuradoria Geral da
República em Brasília. Marcelo, em Curitiba, onde está preso desde junho de
2015. Maior empreiteira do país, a empresa se comprometeu a pagar US$ 2,5
bilhões - R$ 6,8 bilhões na cotação do dólar de hoje - a título de
indenização por ter se envolvido em atos de corrupção. No fim da tarde desta
quinta-feira, o grupo divulgou nota na qual admite o erro, pede desculpas
e diz que está comprometido a "virar a página".
No mais... nesta black thursday, Lauro Jardim postou em
sua coluna do Globo: “A delação da Odebrecht atingirá o coração de Eliseu
Padilha”. Agora é espera pra ver o estrago quando esse “míssel morta” atingir o
alvo. CONFERE
LÁ
Acredite: motoqueiros estão se
organizando para fundar o Partido dos Motociclistas. Os idealizadores da
proposta já coletaram 101 assinaturas em nove estados, número suficiente para
dar início ao registro da legenda no TSE — ao menos enquanto o Congresso não
mudar a lei que permite a farra de partidos.
Segundo um dos fundadores, o
partido não é "de esquerda, nem direita ou centro" — repetindo,
aliás, uma célebre frase de Gilberto Kassab para definir o PSD. Seria baseado
nos "valores democráticos, da Grécia antiga". E defenderia "a
liberdade, a igualdade e a fraternidade".
Além, é claro, de atender às
reivindicações da categoria, como ampliar a legislação para reforçar a
segurança do motociclista e reduzir impostos de peças importadas para as
motocicletas — algo fundamental que, convenhamos, o país clama há muito tempo.
Como prova de sua índole
democrática, o "Partido da Motocicleta" estará aberto a todos:
pedestres, motoristas de carro e até ciclistas também poderão requerer a
filiação. Depois de protocolar as assinaturas iniciais, o partido teria dois
anos para recolher outras 500 mil. Isso se o Congresso não aprovar a cláusula
de barreiras. Bruno Góes/coluna Lauro Jardim/O Globo
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai
decidiram suspender a Venezuela do Mercosul nesta quinta-feira (1º), após o
país não cumprir as obrigações assumidas quando se incorporou ao bloco, em
2012. Os chanceleres dos quatro países assinaram a notificação de suspensão
nesta quinta. O texto determina que seja "cessado o exercício dos direitos
[da Venezuela] inerentes à condição de Estado Parte do Mercosul". O
documento deve ser entregue ao governo de Nicolás Maduro nesta sexta-feira (2).
A partir de sua entrega, a determinação passará a valer. CONEFRE
LÁ
François Hollande, presidente da França,
disse nesta quinta-feira (1º) que não vai concorrer às eleições de 2017. Apesar
de ele ser o líder francês mais impopular desde a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945), o anúncio surpreendeu o país. É a primeira vez, desde 1958, que um
presidente francês não tenta a reeleição. Leia
na íntegra