A Câmara
Municipal de São Paulo aprovou na tarde desta terça-feira (20) um aumento no
salário dos vereadores. Eles ganhavam em média um salário bruto de R$ 15 mil, e
passarão a ganhar R$ 18.991,68, o que representa um aumento de 26%. Trinta
vereadores votaram a favor do aumento e onze votaram contra - CONFERE
LÁ
A política pode até responder o porquê
da irresponsabilidade no trato dos cofres públicos, mas a crise e o bom senso
não aceitam qualquer argumento. Antes de sair de férias os deputados aprovaram
um pacote de salvação dos estados e mandaram mais uma enorme fatura para a
sociedade brasileira pagar. Os governadores poderão ficar três anos sem pagar
um centavo do que devem à União e, em troca, não precisam dar nada.
“Não somos reféns da Fazenda”,
bradou o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, ao tentar justificar a
votação de uma proposta rejeitada pela equipe econômica. Para reafirmarem sua
independência eles fizeram reféns todos os contribuintes do país que serão
obrigados a bancar mais uma farra com dinheiro público. O peemedebista que
parecia aliado do ajuste fiscal deu uma bela banana para Michel Temer, Henrique
Meirelles – e para todos nós que vamos pagar as contas.
Você acha que os governadores que
estouraram os orçamentos nos últimos anos serão responsáveis a partir de agora?
E mesmo aqueles que eram a favor das contrapartidas, perderam o
instrumento legal para adotar medidas de cortes e controle dos gastos. Se virasse
lei proibir reajustes ou contratações, as categorias de servidores com mais
poder de barganha perderiam força.
A Câmara deixou para o poder
executivo fazer acordos entre o governo federal e cada governador. Como me
explicou a secretária de Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão Costa...: "A
Câmara deu sinalização péssima de que o que precisa é a União dar dinheiro para
os estados. O que vai contaminar as discussões locais, certamente. Nem todos os
estados têm base parlamentar sólida e entenderam problema. Enfraqueceu de
maneira substancial a noção de responsabilidade fiscal do país que começava a
emergir e solidificar”, desabafa Ana Carla. [...].
A proposta que chegou para
votação no Congresso estava no limite do equilíbrio entre o que Henrique
Meirelles podia ceder e o que os governadores precisavam aceitar. A balança
quebrou e quem perdeu foi você. Eu também. E outros milhões de brasileiros
reféns da política irresponsável que domina Brasília - Thais Herédia para o G1 – Enviado por
Cacau Quil – Leia
na íntegra