"Se nada mudar,
invente.
E quando mudar, entenda.
Se ficar difícil, enfrente.
E quando ficar fácil, agradeça.
Se a tristeza rondar, alegre-se.
E quando ficar alegre, contagie.
Se o caminho for longo, persista
E quando chegar, comemore.
Se achar que acabou, recomece.
E quando recomeçar, acredite"
Autor desconhecido
A maior
epidemia no Brasil não é a da chikungunya. A
carnificina de 56 detentos, mutilados e decapitados no presídio de Manaus,
filmada sem vergonha ou medo, desnuda uma endemia histórica e nacional: a mediocridade
de nossos quadros públicos, a omissão federal, estadual e municipal na
segurança, o jogo de empurra venal que faz vítimas dentro e fora das cadeias e
as parcerias suspeitas entre a política e o narcotráfico, que envolvem
dinheiro, poder e empresas.
Vivemos a
terceirização da culpa. É uma endemia, não uma epidemia, por ser crônica. Mata
a credibilidade de instituições e autoridades. Visa diluir a responsabilidade e
confundir a opinião pública. Não chegaremos a lugar nenhum se não houver mea-culpa
no cartório. Vemos o desespero para encontrar um bode expiatório, seja na
matança de Manaus, no descalabro do Maracanã ou no crime ambiental de Mariana.
Planos e programas redigidos às pressas, com medidas paliativas e
espetaculosas, não exterminarão o vírus. É preciso enfrentar algumas verdades
duras. Por Ruth de Aquino para Época - Leia
na íntegra