*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

“A culpa não é do mordomo...”

"Se nada mudar, invente.
E quando mudar, entenda.
Se ficar difícil, enfrente.
E quando ficar fácil, agradeça.
Se a tristeza rondar, alegre-se.
E quando ficar alegre, contagie.
Se o caminho for longo, persista
E quando chegar, comemore.
Se achar que acabou, recomece.
E quando recomeçar, acredite"
Autor desconhecido

A maior epidemia no Brasil não é a da chikungunya. A carnificina de 56 detentos, mutilados e decapitados no presídio de Manaus, filmada sem vergonha ou medo, desnuda uma endemia histórica e nacional: a mediocridade de nossos quadros públicos, a omissão federal, estadual e municipal na segurança, o jogo de empurra venal que faz vítimas dentro e fora das cadeias e as parcerias suspeitas entre a política e o narcotráfico, que envolvem dinheiro, poder e empresas. 


Vivemos a terceirização da culpa. É uma endemia, não uma epidemia, por ser crônica. Mata a credibilidade de instituições e autoridades. Visa diluir a responsabilidade e confundir a opinião pública. Não chegaremos a lugar nenhum se não houver mea-culpa no cartório. Vemos o desespero para encontrar um bode expiatório, seja na matança de Manaus, no descalabro do Maracanã ou no crime ambiental de Mariana. Planos e programas redigidos às pressas, com medidas paliativas e espetaculosas, não exterminarão o vírus. É preciso enfrentar algumas verdades duras. Por Ruth de Aquino para Época - Leia na íntegra