“Para mudar, existir já é um grande passo!” Ulisses
Guimarães
No ciclo
perverso da corrupção, a cada nova crise, lá estão os
mesmos nomes, as mesmas siglas partidárias, as mesmas empresas, os mesmos modos
de atuação e os mesmos resultados. Na aritmética cruel, para cada ganhador
esperto, legiões de brasileiros são empurrados à força para a indigência.
As consequências
nefastas desse modo de agir, invariável e obrigatoriamente, recaem sobre a
imensa base da pirâmide. Dessa forma, não chega a ser estranho que sejam as
mesmas classes de dirigentes e empresários aqueles que menos sentem os efeitos
das crises. Pelo contrário, não bastassem estar por trás da desconstrução do
pais, ainda lucram com a crise na forma de especulação e outras tramoias
contábeis engenhosas.
Como os números
não aceitam prestidigitações e outras manobras, a depressão econômica chega e
se instala. A partir desse ponto mais baixo, recomeçam os ciclos de ajuste das
contas públicas, nos quais aqueles que menos têm são forçados a contribuir e
dar sua parcela de suor para as tarefas de reconstrução do Estado.
Imediatamente
depois de recompostas pelo esforço nacional, as riquezas voltam a ser geridas
pelos mesmos personagens de sempre, até que o ciclo volte a se encerrar e tudo
se reinicie numa roda sem fim. Blog do Ari
Cunha/Correio Braziliense
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