“Luciano Huck - Vale um parabens especial para Eike
Batista, Eduardo Paes e Sergio Cabral. Só somando forças é possível construir
um Rio mais justo” postado no Twitter – por @LucianoHuck às 01: 41 em 13 nov
2009
Se você já ficou
apertado com o crédito rotativo do cartão pode entender muito bem a situação do
Rio de Janeiro. O estado vem pagando a fatura mínima há meses e chegou ao
limite de não conseguir quitar nem isso. A metáfora é boba, mas se encaixa.
Porque foi mais ou menos isso que o governo do estado fluminense fez esse tempo
todo. Mesmo quando a receita começou a cair, os gestores públicos do RJ
continuavam a gastar com roupas e restaurantes caros, convidando mais gente
para festa pensando: ah, um dia o Tesouro Nacional cobre tudo, como um filho
irresponsável que conta sempre com pai condescendente.
Pois bem, o pai
também quebrou e não pode mais saldar a dívida de ninguém, nem a própria, que
dirá de quem não quis nem saber de fazer a coisa certa por anos a fio. O acordo
que o governador Luiz Fernando Pezão acaba de assinar com o presidente Michel
Temer em Brasília é uma boa promessa de que, se o estado cumprir com todas as
condições impostas pelo governo federal, eles ganham um pacote de renegociação
que pode reverter o caos instalado atualmente.
As condições não
são nenhuma invenção, com alguma medida inédita ou algo que jamais fora
discutido. Cortes de secretarias? Porque diabos o RJ tem 20 secretarias? Só a
Casa Civil tem 28 órgãos sob sua administração! Com o nome de “Conselho” são
nada menos do que 45 entidades! São 15 Fundações. Vou parar por aqui. Para
fechar o capítulo do tamanho do estado, cabe lembrar o tamanho do rombo
previsto para este ano nos cofres do RJ: R$ 19 bilhões. Negativo, o que falta
para pagar as despesas.
A maior
diferença sobre tudo o que foi discutido com o RJ até hoje é o preço – agora
vai sair muito mais caro para a sociedade que paga impostos e depende dos
serviços prestados; para os servidores que vão tomar uma enorme mordida em seus
vencimentos para cobrir rombos da previdência regional. E por aí vai... Thais
Herédia/G1/Globo.com – Leia
na íntegra
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