O
que foi feito amigo
De
tudo que a gente sonhou?
O
que foi feito da vida?
O
que foi do amor?...
Falo
assim sem saudade
Falo
assim por saber
Se
muito vale o já feito
Mais
vale o que será...
Falo
assim sem tristeza
Falo
por acreditar
Que
é cobrando o que fomos
Que
nós iremos crescer...
Trecho
de “O Que Foi Feito Devera” de Milton Nascimento/Fernando Brant
#QueFoiFeitoDevera1 - "Começamos
o ano de 2017 com muita esperança e engajamento nas atividades de ensino,
pesquisa e extensão, mas nos deparamos com a mesma situação de precariedade de
instalações físicas, logística e poucas expectativas de aplicação de recursos
financeiros no edifício JMM. Como apresentado em relatos
anteriores, a decisão referendada na Congregação da FAU/EBA de finalizar o
período 2016.2 foi tomada como um processo de transição emergencial e também
como prerrogativa para cobrar ações imediatas da Reitoria na concretização de
um período novo (2017.1), mais estruturado, eficiente e condizente com um curso
de terceiro grau de uma Universidade Pública e Federal.
Após análise da conjuntura atual
e com as poucas previsões de melhoria de nosso cenário, a Congregação entendeu
nesta data – 04/01/2017 – em PROPOSTA PRELIMINAR, que não há condições de nos
mantermos neste quadro e que, diante disso, restará à FAU a única opção de NÃO
abrir turmas no próximo período e cancelar 2017 [...].” Trecho da carta enviada aos alunos da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da UFRJ que cancela o período 2017 - por Ana Cláudia Guimarães para
a coluna do Ancelmo Gois/O Globo
#QueFoiFeitoDevera2 – O custo
que o Estado do Amazonas tem com seus presos em unidades geridas pela
iniciativa privada é quase o dobro da média nacional. Segundo dados do governo
Estadual do Amazonas, no ano de 2016, foram pagos R$ 301 milhões à Umanizzare por
serviços em seis presídios no Estado... No Amazonas, a empresa tem sob sua
responsabilidade 6.099 detentos, o que representa um custo médio de R$ 4.112 ao
mês. Isso sem levar em conta os investimentos do próprio Estado nos presídios. Para
se ter ideia, segundo o Ministério da Justiça, o custo mensal por preso no
Brasil é em média de R$ 2.400. Eles estão, em sua imensa maioria, em unidades
geridas pelos Estados. CONFERE
LÁ
#QueFoiFeitoDevera3 – A saída do
deputado Indio da Costa (PSD-RJ) para assumir a Secretaria de Urbanismo,
Infraestrutura e Habitação da prefeitura do Rio levou de volta à Câmara, como
suplente, o deputado Nelson Nahim (PSD-RJ), que ficou preso por mais de quatro
meses no ano passado e foi condenado por estupro, coação no curso do processo e
exploração sexual de crianças e adolescentes, no caso que ficou conhecido como
“Meninas de Guarus”. No dia 27 de outubro, Nahim conseguiu um habbeas corpus e
foi solto. Esta é a segunda vez que ela assume mandato na Câmara e, por isso,
não teve que tomar posse na Casa... Em junho passado, junto com outras 13
pessoas, Nahim foi condenado, em primeira instância, a 12 anos de prisão em
regime fechado. CONFERE
LÁ
#QueFoiFeitoDevera4 - Ao
comentar o massacre carcerário em Manaus, o secretário nacional de Juventude,
Bruno Júlio (PMDB), diz que "tinha era que matar mais".
--Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, né? Tinha era que
matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana. – CONFERE
LÁ
-E esta postagem, só pode ser encerrada com música. Uma
única música:
Nota de rodapé: A história da música O QUE FOI FEITO
DEVERA (DE VERA), de Milton Nascimento, Márcio Borges e Fernando Brant é pura
magia. Em meio a criação do disco duplo Clube da Esquina 2 Milton enviou para
Márcio Borges e Fernando Brant uma música, sem que um soubesse da missão do
outro, e pediu para que eles refletissem sobre o que havia sido feito "de
vera", ou seja, de verdade nos últimos anos.
Era o ano de 1978, um momento de
indefinição política no país, estávamos em processo de redemocratização, aos
trancos e barrancos. A voz dos jovens, que sonhavam com um país livre da
ditadura, voltava a ser ouvida. Era o prenuncio do fim da ditadura. Portanto,
havia muito o que refletir. Márcio Borges logo associou a expressão dita por
Milton "de vera" com o antigo nome do Brasil, Vera Cruz. E não foi à
toa que surgiu o no primeiro parágrafo os versos "(...) A tribo toda
reunida/ ração dividida ao sol/ De nossa Vera Cruz (...)".
Quando Milton recebeu as letras,
uma de Fernando e outra de Márcio, depois de um certo constrangimento, viu que
de forma mágica, uma era continuação da outra "As duas letras, juntas, se casaram magnificamente, sinal de que os
parceiros se entendiam muito bem", reconheceu Brant. Milton, contando
essa história à jornalista Maria Dolores, autora de sua biografia TRAVESSIA,
disse: "Quando coloquei a letra do
Marcinho embaixo da do Fernando, falei: não acredito, uma é continuação da
outra!"
A música foi gravada no volume 1 do disco Clube da Esquina 2, nas vozes de Elis Regina e Milton Nascimento - Do blog Tagarelices - A magia de se fazer arte... E fica no ar um resto de canção:
A música foi gravada no volume 1 do disco Clube da Esquina 2, nas vozes de Elis Regina e Milton Nascimento - Do blog Tagarelices - A magia de se fazer arte... E fica no ar um resto de canção:
“O que foi feito amigo
de tudo que a gente sonhou?
O que foi feito da vida?