*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Papo papudo

Os estados democráticos... não são livres por sua própria natureza. A liberdade política só pode ser encontrada em governos moderados; e, mesmo nestes, não é sempre encontrada. Só existe quando não há abuso de poder. Mas a experiência nos mostra que todo homem investido de poder tende a abusar dele, e exercer sua autoridade no limite do possível.” Montesquieu político, filósofo e escritor francês no século XV

   
O Governo do Distrito Federal pretende investir os R$ 54,6 milhões que recebeu do Fundo Penitenciário Nacional na última semana de 2016 na construção de uma nova unidade na Papuda e na compra e manutenção de equipamentos de segurança. A verba foi repassada em 29 de dezembro, informou ao G1 a secretária de Segurança Pública, Márcia de Alencar. 
A Penitenciária do Distrito Federal 3 (PDF III) deve custar R$ 31 milhões e tem o projeto já aprovado pelo governo federal. A previsão é de que o espaço abrigue 800 detentos, em regime fechado. Segundo a secretaria, a unidade deve ser concluída em até quatro anos. CONFERE LÁ
-Faz sentido né mesmo? Talvez até - quando se encerrarem as delações da Odebrecht - a penitenciária já seja pequena... Mas enquanto a Papuda III não vem: “O site de apostas canadense Bumbet, especializado em apostas esportivas, chegou ao Brasil e lançou uma proposta para que o internauta aposte se Lula será ou não preso em 2017. No site, quem acreditar em uma possível prisão de Lula ainda em 2017 recebe o dobro do valor apostado, porque, segundo a probabilidade calculada pelo site, isso tem menos chance de ocorrer em 2017. Já se o ex-presidente permanecer livre, o lucro é menor. O site entende que a chance de Lula não ser preso em 2017 é maior” - Lauro Jardim/O Globo

Marcelo Odebrecht decidiu atravessar o samba no segundo dia das conversas com procuradores da Lava Jato que precederam sua delação. Indagado a respeito de suas relações com o ex-presidente Lula, respondeu: “O Lula nunca gostou de mim. Quem sempre tratou de tudo com ele foram o meu pai e o Alexandrino (Alencar, diretor de relações institucionais)”. A resposta não estava no roteiro que advogados da empresa haviam traçado diretamente sob a batuta de Emílio Odebrecht, o pai de Marcelo. Por essa estratégia, Emílio seria poupado de maiores responsabilidades nos malfeitos da empresa, da mesma forma que executivos-chave como Pedro Novis, ex-presidente do conselho da Braskem. Já Marcelo tomaria para si a parte mais pesada da culpa. Isso permitiria que mais executivos se mantivessem em seus cargos e continuassem tocando a empresa. Em outras palavras, Marcelo seria o cordeiro do sacrifício cujo sangue irrigaria o império presente em 26 países e responsável por um faturamento de 125 bilhões de reais em 2015 (a Odebrecht é a maior construtora do Brasil e a 13ª do mundo). Ocorre que o príncipe dos empreiteiros começou a achar que a conta estava salgada demais para ele. CONFERE LÁ
Nota de rodapé: Um conhecido senador da República sofre calado, claro, com a informação de que teria recebido uma determinada quantia da Odebrecht. É que... recebeu menos, bem menos. Só entendeu o que estava acontecendo ao ler matéria do jornal “Valor”, contando que funcionários da empreiteira estariam embolsando parte do dinheiro endereçado a seus patrões. Ancelmo Gois/O Globo

Pesquisa publicada recentemente no periódico científico Psychological Medicine comprovou por meio de análises genéticas o que estudos anteriores já haviam sugerido de forma observacional: o consumo da maconha é particularmente perigoso para pessoas com propensão genética à esquizofrenia, mas, principalmente, que os esquizofrênicos tendem a usar mais a droga. No novo estudo, pesquisadores da Escola de Psicologia Experimental da Universidade Bristol, no Reino Unido analisaram fatores genéticos que podem prever se uma pessoa é suscetível a usar cannabis e também sua suscetibilidade à esquizofrenia. CONFERE LÁ
Enrolaram e acenderam - “A Construtora Norberto Odebrecht não tem muito o que reclamar do governo federal em 2016. O portal da Transparência indica que, essa temporada de vacas magras, a empreiteira arrematou R$ 439 milhões do Ministério da Defesa, da Coordenação Geral de Desenvolvimento do Submarino Nuclear...” Denise Rothenburg/Correio Braziliense
-Cá pra nós, mesmo em tempo de vacas gordas, uma “Coordenação Geral de Desenvolvimento do Submarino Nuclear” para o Brasil já seria esquizofrênico demais. Imagina atualmente, onde as vacas pastam no brejo? Deve tá rolando muita “erva” no Ministério da Defesa. Resta saber se é vegetal ou em espécie. 
   
Pequenas empresas & Grandes negócios
   
   
O Gabinete Militar do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), está comprando mais dois helicópteros, ao custo de R$ 21,8 milhões, em meio à “calamidade financeira” decretada pelo Estado. O governo alega que os modelos Airbus AS350 B3e, já encomendados, serão adquiridos para missões de segurança pública e defesa civil. Não há impedimento para que também transportem o petista. No domingo (1º/12), Pimentel utilizou uma aeronave oficial para buscar seu filho em um condomínio às margens do lago de Furnas, em Minas, após uma festa de réveillon. O governador afirmou, em nota, que o uso do helicóptero é legal e citou um decreto de 2005 que autoriza que prevê a utilização para fins “de qualquer natureza”.
NOTA DE RODAPÉ: Ao menos duas ações que tramitam na Justiça mineira pedem desde junho passado que o Estado divulgue os voos feitos pelo governador Fernando Pimentel (PT), em aeronaves oficiais ou fretadas. Ambas foram protocoladas no Tribunal de Justiça do Estado... Até agora, os desembargadores determinaram apenas que os processos não irão ficar com eles e serão enviados à primeira instância.
Uma dessas determinações foi tomada em 6 de setembro. Mas o processo só foi enviado à primeira instância em 24 de novembro e, desde então, não andou. Na outra ação, a decisão de o processo ir a uma instância mais baixa foi feita em 26 de outubro, mas ele ainda não foi enviado. "Considerando que os autos são eletrônicos, isso é questão só de alguém sentar na frente do computador e fazer a remessa eletrônica para algum juiz da vara da Fazenda Pública. É duro", afirma o advogado Mariel Marley Marra, autor desse segundo processo. CONFERE LÁ