*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

“Temporada dos corruptos”

O Brasil está vivendo um momento muito difícil. Talvez o mais difícil que já atravessou. Estamos vivendo a coincidência de crises muito extensas e profundas: a política, a econômica e a moral. A Lava Jato está mostrando isso: governador preso, ex-ministro preso, empresas quebradas, a política tendo como objetivo o enriquecimento pessoalgeneral Sergio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional e comandante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em entrevista a VEJA

Michel Temer & Delfim Netto almoçaram ontem em São Paulo. Temer ouviu muito mais do que falou. Delfim é o caso mais longevo de influência econômica no Brasil. Virou ministro da Fazenda de Costa e Silva em março de 1967. São 50 anos, portanto, no poder ou influenciando-o. Mesmo quando estava fora dele, nos governos Geisel, Itamar e FHC, por exemplo, seu prestígio e ascendência sobre o empresariado de São Paulo eram colossais. Lauro jardim/O Globo
Quero meu ovo de volta”... Após apoiar, ao contrário de seus amigos tucanos, Marina Silva em 2014, o brilhante economista André Lara Resende, filho do escritor Otto Lara Resende (1922-1992), volta a surpreender. Coautor dos planos Real e Cruzado, o professor de Columbia, em artigo no “Valor”, ontem, colocou em dúvida a eficácia da política de juros altos para combater a inflação... Se ficar provada a tese de André, de que juro alto não faz bem, vale parodiar mestre Verissimo quando se manifestou ao descobrirem que ovo, afinal, não faz mal: “Quero todo o meu ovo (no caso juros baixos) de volta” Ancelmo Gois/O Globo
Nota de rodapé: O Brasil responderá por mais de um terço dos novos desempregados que vão surgir em 2017 no mundo todo, com 1,2 milhão de pessoas a mais que perderão seus postos, reforçando o cenário de que a economia brasileira ainda patina para começar a se recuperar. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê que existirão 3,4 milhões a mais de desempregados no mundo neste ano, levando o total para mais de 200 milhões. No documento, a OIT chamou a atenção para a deterioração do mercado de trabalho brasileiro, onde a "recessão mais profunda que o esperado em 2016 vai continuar a ter efeitos em 2017". Blog do Ari Cunha/Correio Braziliense 

O Ministério Público de Roraima afirma que tinha recomendado ao Governo do Estado a adoção de medidas que poderiam ter evitado o massacre na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, na semana passada. Neste sábado (14), a unidade viveu momentos de tensão, quando dez presos de uma facção estavam sendo transferidos. A movimentação intensa de tropas da Força Nacional de Segurança do lado de fora da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo - onde ocorreu o massacre de 33 detentos - indicava que alguma coisa estava errada. A suspeita era de que um dos chefes da facção criminosa que comandou a matança teria fugido.
Adeilson Eliotério dos Santos, conhecido como Pato, não foi encontrado no presídio. A Secretaria de Justiça percebeu isso na hora da transferência dele e de outros nove detentos perigosos. Mas depois descobriu que ele estava escondido numa outra cela, dentro da própria penitenciária. "Possivelmente o Pato tenha se beneficiado de algum individuo ali que abriu uma cela. Ele estava ali dentro na ala dele mesmo, sabe? Naquele momento que tiraram aqueles nove, não voltaram para fazer uma revista minuciosa, esperaram o momento adequado e foi feito a revista à noite", explicou Uziel Castro, secretário de Justiça de Roraima. CONFERE LÁ
-Nesta história o difícil mesmo é saber quem, de fato, é o pato. Aliás... “E atenção! 2017: terremoto em Teresina, massacre em Manaus, presidiário toma posse como vereador em Minas e Janaína Paschoal vira inspetora de banheiro do Ibirapuera!... E no Brasil temos que diminuir o número de partidos e facções. Que são sinônimos... E a única coisa organizada no Brasil é o crime. Os três Poderes: PCC, CV e FDN! Os Três Foderes!” - José Simão/Folha

capa da Veja desta semana
      
Depois da Odebrecht, a Camargo Corrêa negocia uma superdelação: quarenta executivos revelarão o que sabem sobre as propinas pagas a mais de 200 políticos. Na fila: o presidente, Michel Temer, o ex-ministro Antonio Palocci, o presidente do Senado, Renan Calheiros, o ministro da Educação, Mendonça Filho, e o senador Romero Jucá: problemas à vista na Lava-Jato com a delação da Camargo Corrêa (Sergio Dutti; Reuters/Rodolfo Buhrer; Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo; Rose Brasil/ABR).
-Cada povo tem a temporada, maligna, que merece: Nos EEUU, mais particularmente na Flórida, o povo sofre com a chamada “temporada de furacões”. Na Europa, e este ano em especial, quase todos os países sofrem com um inverno rigoroso. O Brasil que não podia ficar de fora e também tem sua temporada sinistra. É a “temporada da corrupção”. O que diferencia a “nossa temporada” das demais é que esta começou – provavelmente lá por volta de 1808, com a chegada de D. João e sua comitiva ao Brasil – e passados mais de duzentos ela não dá sinais de trégua e ainda promete causar muito estrago. Ah, de alguns anos pra cá surgiu a “temporada das duplas sertanejas”... mas isso é assunto pra outras tragédias, ops! pra outra prosa.

A China não se mostra nada satisfeita com o futuro Governo de Donald Trump, nos EUA. Os meios de comunicação oficiais do país deixaram isso bastante claro nesta sexta-feira. Em uma dura advertência, dirigiram-se a Rex Tillerson, indicado para secretário de Estado, alertando-o para que tome cuidado com o que diz: suas ameaças a Pequim no sentido de bloquear o acesso às ilhas artificiais construídas pelos chineses no mar do sul da China correm o risco de desencadear um “confronto devastador”. CONFERE LÁ
Em processo de dissolução, o Comitê Rio-2016 tem, veja só, 80 funcionárias grávidas ou que acabaram de dar à luz. E, como se sabe, a legislação trabalhista garante estabilidade às mamães: não podem ser mandadas embora desde o momento em que comunicam a gravidez até cinco meses depois do parto. Ou seja: haverá gente empregada na Rio-2016 até março de 2018. Ancelmo Gois/O Globo

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