“Um dos
princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal é não criar despesa sem dizer de
onde virá a receita. O STF está livre desse limite e por isso criou, esta
semana, uma despesa, que nem sabe o tamanho, quando mandou indenizar presos em
condições degradantes. Confirmou um defeito do Brasil: em vez de determinar o
fim da causa, quer dar um cala-boca na consequência” Miriam
Leitão/O Globo
A situação das
contas públicas do Rio de Janeiro é tão caótica que o
governo federal não tem outra saída senão propor alterações na Lei de
Responsabilidade Fiscal para implementar um regime de recuperação fiscal
naquele estado e nos entes federativos mais endividados, como Rio Grande do Sul
e Minas Gerais. O Executivo está terminando de costurar um pacote que prevê o
congelamento da LRF e vai apresentá-lo na semana que vem ao Congresso Nacional.
Segundo fontes
ligadas ao governo, o Projeto de Lei Complementar (PLC) vai recuperar o formato
da proposta que foi rejeitada pelo Legislativo no fim do ano passado, porém com
aprimoramentos. O texto pretende garantir fôlego de três anos e possibilidade
de prorrogação por mais três com a suspensão de contratos e das dívidas com a
União. Para aprovar a adesão ao regime nas assembleias legislativas, os estados
terão que apresentar um plano de recuperação fiscal viável, que respeite as
premissas legais, e trabalhar para colocar a casa em ordem durante o período. CONFERE
LÁ
-Como não se pode alterar malfeitos pretéritos, forja-se a Lei - simples assim e não
se fala mais nisso.
Os
procuradores-gerais e fiscais-gerais de 11 países
assinaram nesta quinta-feira (16) em Brasília um acordo que estabelece a
criação de equipes para investigar supostos crimes cometidos pela empreiteira
Odebrecht e que tenham relação com a Operação Lava Jato. Ao todo, 77 executivos
e ex-executivos da empreiteira fecharam acordo de delação premiada com o
Ministério Público Federal – as delações já foram homologadas pelo Supremo
Tribunal Federal. Além disso, a própria construtora assinou acordos de
leniência com os governos dos Estados Unidos e da Suíça.
Assinaram nesta
quinta a Declaração de Brasília Sobre a Cooperação Jurídica Internacional
Contra a Corrupção os representantes dos ministérios públicos dos seguintes
países: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru,
Portugal, República Dominicana e Venezuela. No documento assinado pelos
procuradores, eles afirmam que "desmantelar" a corrupção
internacional "fortalece a institucionalidade, propicia um ambiente
econômico favorável e outorga legitimidade ao sistema democrático". Leia
na íntegra
-Cuba, nem pensar! E por falar
em Cuba... A médica cubana Iramis Maria Camejo Solano, há quase três anos
trabalhando no Mais Médicos, conseguiu na Justiça o direito de prolongar sua
permanência no programa. A decisão do juiz federal Renato Câmara Nigro, da
Justiça Federal em Campinas, obriga o governo federal a renovar o contrato de
trabalho da médica, quevence em março – sem a decisão, ela teria de retornar
para Cuba. Pela negociação fechada com Havana pelo governo petista de Dilma
Rousseff, o Brasil paga pelos serviços de cada médico cubano 11.500 reais,
que são repassados diretamente ao regime de Raúl Castro. Apenas uma parte
desse valor, 2.976 reais, é destinada aos profissionais. Iramis, que dá
expediente em um posto de Campinas, quer receber o valor integral – a exemplo
dos médicos brasileiros e de outras nacionalidades que servem ao programa. Leia
na íntegra
A Polícia
Federal pediu prorrogação por mais 60 dias do inquérito
contra o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado Aníbal
Gomes (PMDB-CE) e um executivo da Serveng por suspeita de corrupção e lavagem
de dinheiro no esquema de corrupção na Petrobras. O caso está sob análise no
gabinete do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.
O pedido é mais
uma reviravolta no caso, que já teve uma denúncia apresentada pelo
procurador-geral da República Rodrigo Janot em 12 de dezembro antes de a PF
concluir o inquérito. Diante disso, o ministro Teori Zavascki devolveu, na
ocasião, a documentação da denúncia à PGR para que se aguardasse a conclusão
das investigações da Polícia Federal.
“De fato,
acertada a decisão de sua Excelência. Há dados já disponíveis na Polícia
Federal que, mesmo estritamente ligados aos fatos em apuração, não foram
utilizados pelo Ministério Público”, aponta o delegado Alessandro Maciel Lopes
na solicitação encaminhada no dia 21 de janeiro ao ministro Fachin. CONFERE LÁ
No mais... A
AGU está propondo ações cíveis individuais contra envolvidos na Lava-Jato,
antes mesmo de
acabar
o processo penal. Entre os alvos, Paulo
Bernardo e Gleisi Hoffmann. A Justiça já determinou o bloqueio dos
bens do casal - Lauro Jardim/O Globo
Em quase 30
anos, o Congresso Nacional aprovou quatro projetos de
iniciativa popular, entre eles a Lei da Ficha Limpa, mas nenhum deles foi
tratado formalmente como sendo de autoria da população. Foi o que aconteceu
também com o pacote com medidas de combate à corrupção, elaborado pelo
Ministério Público e que teve mais de 2 milhões de signatários. O projeto
passou na Câmara em novembro e seguiu para o Senado, mas a tramitação acabou
suspensa por decisão liminar (provisória) do ministro do Supremo Tribunal
Federal Luiz Fux. CONFERE
LÁ
Em 2008, o Instituto Butantan começou a construir o que seria a primeira
fábrica de derivados de sangue no país –um dia histórico nas palavras do então
governador José Serra (PSDB/SP). Nove anos e R$ 239,4 milhões em verbas
públicas depois, nenhuma única gota de plasma foi processada ainda na
instalação, hoje um grande "elefante branco".
Com cerca de 10
mil metros quadrados, a unidade deveria estar funcionando desde 2010,
produzindo medicamentos importantes, hoje importados, para o tratamento de
doenças como hemofilia e Aids. À época, o governo de São Paulo, ao qual o
instituto é vinculado, tinha a expectativa de que 150 mil litros de plasma
fossem processados anualmente na planta.
"A fábrica
será construída mesmo que os recursos partam exclusivamente do tesouro
estadual", afirmou Serra na assinatura do contrato. "A gente sabe que
aqui no Butantan qualquer investimento dá certo", declarou. A história, no
entanto, mostra que nem tudo funciona tão bem assim por lá. Auditoria obtida
pela Folha revela que houve erros de planejamento no projeto e que, para a
fábrica entrar em operação, será necessário gastar mais R$ 437,6 milhões. Confere
lá
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