“Como é possível
que a América Latina não diga ‘somos todos mexicanos’ frente a Trump”
Ricardo Lagos, ex-presidente do Chile criticando o silêncio dos
governantes latino-americanos frente ao presidente dos EUA, em entrevista ao El
País
Ao anunciar seu
novo plano de deportação e acabar com a prioridade de
expulsar apenas imigrantes que cometeram delitos graves, o presidente
americano, Donald Trump, abriu caminho na terça-feira para cumprir o que
prometeu na campanha: tirar do país todos os 11 milhões de ilegais. A partir de
agora, pode ser alvo de deportação qualquer ilegal que tenha cometido um delito
de qualquer tipo, como falsificar documentos para participar de programas do
governo ou até para pagar impostos: estudos baseados em dados do governo estimam
que ao menos 3,1 milhões deles pagam US$ 12 bilhões de impostos por ano. A
deportação em massa deverá ainda ser reforçada pela contratação de mais 15 mil
agentes. Leia
mais
O Canadá receberá
neste ano 1.200 indivíduos que tenham sofrido
perseguição do grupo radical Estado Islâmico (EI), anunciou nesta terça-feira
(21) o ministro de Imigração, Ahmed Hussen, assinalando que 400 deles já haviam
chegado ao país.
"O Canadá
está trabalhando com a Agência da ONU para Refugiaods, com cooperação e apoio
do governo do Iraque, para identificar yazidis vulneráveis e outros
sobreviventes do Daesh (acrônimo em árabe do Estado Islâmico), tanto dentro
como fora do Iraque", diz comunicado do governo canadense.
Os yazidis são
uma minoria curda adepta a uma religião pré-islâmica. Não são árabes, nem
muçulmanos, e o EI os considera como politeístas hereges. Desde o avanço do EI,
dezenas de milhares de yazidis se refugiaram no monte de Sinjar, onde
permaneceram durante dias sem água e alimentos.
Milhares de
homens foram massacrados, enquanto as mulheres eram raptadas e muitas vezes
submetidas à escravidão pelos extremistas. A ONU qualificou estes ataques como
"tentativas de genocídio". [...].
"Nossa
operação está em curso e os refugiados que sobreviveram ao EI começaram a
chegar ao Canadá nos últimos meses", disse Hussen à imprensa. "Nosso
governo vai instalar no Canadá cerca de 1.200 sobreviventes muito vulneráveis,
assim como os membros de suas famílias", indicou.
A atenção do
Canadá está voltada para "as mulheres e meninas", assinalou Hussen.
"Nossos
esforços mostraram que o EI também aponta deliberadamente para os meninos,
enquanto tentaremos ajudá-los a se reinstalarem aqui", acrescentou. Leia
na íntegra
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