"Vivemos em um
mundo onde tudo tem preço, mas quase nada tem valor, e as poucas coisas que têm
valor, poucos sabem valorizar" Clarisse Lispector
O novo ministro
da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirma que o
presidente Michel Temer só pode ser atingido por investigações se houver prova
objetiva de "que ele sabia que estavam recebendo dinheiro indevido".
Em entrevista à Folha, disse que o Ministério Público deve ter elementos
mais fortes para fazer denúncia. Serraglio considera haver uma corrupção
generalizada no país, incluindo todos os partidos e a população. "Não sei
como vai corrigir isso. É uma moral nacional." O ministro defendeu uma
tese polêmica, a de que "bandido de menor gravidade" não deve ser
preso - Clique
aqui e confira, na íntegra, a entrevista do Serraglio para a Folha
Só uma correção Sr Serraglio. A frase "Não sei como vai corrigir isso. É uma moral
nacional", soaria melhor se formulada assim; "Não sei como vai
corrigir isso. É uma imoralidade nacional".
Janot
entristece o Congresso - Meio Congresso tem reclamado
da opção de Rodrigo Janot de não mandar para o STF de uma vez só
todos os pedidos de abertura de inquéritos a partir da delação da Odebrecht — o
que deve fazer com que os sigilos das delações também caiam a conta-gotas. A
torcida dos políticos para que tudo fosse divulgado no mesmo dia, é claro, não
era nenhum surto súbito de transparência. Querem que o incêndio em torno de
Temer, Lula, Dilma e outros tubarões fizesse fumaça para esconder os bagrinhos.
Na dúvida...
O deputado petista Wadih Damous, uma espécie de líder da tropa de choque
de Lula na Câmara, apresentou hoje um projeto de lei que pode acabar com a
prisão preventiva baseada em informações colhidas por meio de acordos de
delação premiada. Diz o texto, que será incorporado ao Código de Processo
Penal, caso seja aprovado no Congresso:
"Será nulo o decreto de prisão preventiva
que, na fundamentação, se limitar a repetir os seus requisitos e dispositivos
legais ou valer-se de generalizações e subjetividades ou reproduzir o teor de
depoimentos prestados durante a investigação preliminar, inquéritos ou demais
procedimentos anteriores ao recebimento da denúncia, inclusive de delações
premiadas, homologadas ou não" - Por Lauro Jardim/O Globo
Cartum Bennet/Folha
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“Aécio disse que doação foi da Odebrecht foi legal.
Eu também acho superlegal ganhar R$ 25 milhões!
A Odebrecht é um caixa eletrônico de caixa dois!”
José Simão/Folha
Já se passava
da meia-noite desta quarta-feira (8) quando o
presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), definiu o pensamento de grande
parte da classe política do país diante da Operação Lava Jato: "Todo mundo
vai ficar no mesmo bolo e abriremos espaço para um salvador da pátria? Não, é
preciso salvar a política", afirmou o tucano sentado a uma mesa de oito
lugares no Piantella, restaurante reduto de políticos em Brasília.
"Um cara
que ganhou dinheiro na Petrobras não pode ser considerado a mesma coisa que
aquele que ganhou cem pratas para se eleger", continuou Aécio, em defesa
da tese de que caixa dois para financiar campanhas eleitorais deve ser
diferenciado do crime praticado por quem obteve recursos para enriquecer
pessoalmente.
O discurso fazia
eco à recente nota do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, em
defesa do próprio tucano, afirmou que era importante fazer
"distinções" entre quem recebeu recursos de caixa dois e quem obteve
dinheiro para enriquecer. CONFERE
LÁ
A “nota” do Fernando: "Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois
para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser
reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento
pessoal, crime puro e simples de corrupção. Divulgações apressadas e
equivocadas agridem a verdade, e confundem os dois atos, cuja natureza penal há
de ser distinguida pelos tribunais.".
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