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terça-feira, 14 de março de 2017

Fronteira amazônica - passagem livre de drogas

O presidente da Bolívia, Evo Morales, sancionou nesta quarta-feira uma lei que aumenta de 12 mil para 22 mil hectares a superfície legal de cultivos da coca no país andino. Usando colar feito com folhas da planta, o líder boliviano afirmou que a coca “venceu” a batalha contra os Estados Unidos, que buscava sua erradicação total.
No ato de promulgação da lei, Morales disse que a nova legislação garante“por toda a vida” a produção de folhas de coca nos departamentos de La Paz e Cochabamba, no centro do país, porque esta foi a “luta” dos cocaleiros contra os diversos planos que tentaram eliminar definitivamente as plantações.

Em outras palavras, a folha de coca venceu o império americano, a coca venceu os Estados Unidos nesta dura batalha, porque os Estados Unidos querem zero de coca”, afirmou o presidente - CONFERE LÁ

O massacre de dezenas de presos protagonizado pela facção criminosa Família do Norte (FDN) em Manaus, no Ano-Novo, gerou uma onda de mortes e tensão em diversas penitenciárias do país. Mas, na principal porta de entrada de cocaína para o Norte e Nordeste, o presídio local permaneceu quieto, sob controle dessa mesma facção.
Em Tabatinga, cidade de 62 mil habitantes na tríplice fronteira com Peru e Colômbia, autoridades policiais e judiciais admitem que a FDN comanda tanto o presídio quanto o fluxo de drogas para o Brasil, um negócio que movimenta R$ 5,7 bilhões por ano, segundo estimativa do governo do Amazonas.
"Se a Família do Norte, a única facção que domina aqui, decidir que precisa haver algum incidente em Tabatinga, esse incidente ocorrerá", afirmou a juíza estadual Danielle Monteiro, na cidade há um ano e cinco meses, durante um encontro para discutir a segurança pública com representantes militares, policiais e judiciais.

A forte presença da FDN em Tabatinga, pelo menos desde 2014, é o mais novo capítulo de quase quatro décadas de narcotráfico na região, período em que se tornou a principal atividade econômica da fronteira. A história começou no início dos anos 1980, quando a chamada região do Trapézio Amazônico se tornou um importante corredor da coca peruana à Colômbia (da era Pablo Escobar) para o refino e envio aos EUA.

Em meados dos anos 2000, houve mudanças importantes. A Colômbia, com financiamento americano, conseguiu retomar o controle da maior parte do território, como a região fronteiriça, e reduzir a violência.
No lado peruano, uma nova tecnologia permitiu o cultivo e o processamento da coca na umidade amazônica a partir de 2006. E o Brasil, antes de importância marginal, passou a ser o principal destino da droga produzida e transportada na região da tríplice fronteira.

Unida à colombiana Leticia pela fronteira seca, Tabatinga vive na informalidade. Sem Detran, cerca de 90% das 15 mil motos que circulam pela cidade não têm nenhum registro, segundo a Polícia Militar. Na Justiça estadual, tramitam em Tabatinga 2.752 processos criminais, com 751 condenações, em uma cidade em que o presídio tem capacidade para 108 pessoas. LEIA NA ÍNTEGRA

NOTA DE RODAPÉ – Coca é uma planta da família Erythroxylaceae, seu nome científico é Erythroxylum coca. Nativa da Bolívia e do Peru, tem porte arbustivo/arbóreo. Suas  folhas possuem 14 alcaloides, e dentre eles a cocaína. Cocaína – benzoilmetilecgonina – é um alcaloide usado como droga com efeitos anestésicos e cujo uso contínuo pode causar outros efeitos indesejados como dependência, hipertensão arterial e distúrbios psiquiátricos. A produção da droga é realizada através de extração, utilizando como solventes álcalis, ácido sulfúrico, querosene e outros - Fonte Wikipédia

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