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sexta-feira, 3 de março de 2017

“Lava-Jato” já é parte de algumas famílias

   
Em algumas residências, a Operação Lava-Jato pode ser tratada, literalmente, como um caso de família. Muitos dos políticos que faziam parte do esquema de corrupção entre partidos e empreiteiras envolveram os herdeiros nas tramoias para desviar recursos públicos. No Brasil, não faltam casos de filhos que aproveitam a fama paterna para se eleger e, uma vez no poder, não decepcionam seus pais e figuram ao lado deles nos noticiários sobre esquemas de corrupção, em especial, a Lava-Jato.

No centro das operações da Polícia Federal, nas últimas semanas, os peemedebistas do Senado Federal preferem dividir o cacife político e as propinas com quem tem o mesmo sangue.  Ex-presidente do Senado Federal, Renan Calheiros usou a campanha de Renan Filho ao governo de Alagoas para lavar dinheiro. O pagamento por ter atuado em favor de empreiteiras no legislativo teria sido feito por meio de doações eleitorais, segundo duas delações premiadas. Em uma delas, o ex-presidente da UTC Engenharia Ricardo Pessoa garante que a doação de R$ 1 milhão em 2014 para o postulante ao Executivo alagoano se tratava, na verdade, de propina para o então presidente do Senado. [...].

Na família Sarney, o modus operandi era parecido. Sérgio Machado, que comandava a Transpetro, importante subsidiária da Petrobrás, informou, em delação, que teria operado para o ex-presidente da República e ex-senador José Sarney receber R$ 18 milhões em propina. Do montante, R$ 400 mil teriam sido repassados pelas empresas investigadas Camargo Corrêa e Queiroz Galvão em forma de doação legal à campanha de Sarney Filho, que, atualmente, é ministro do Meio Ambiente.


Outro integrante da alta cúpula do PMDB no Senado é investigado ao lado dos dois filhos: Edison Lobão presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Um deles, Márcio, foi alvo da Operação Leviatã há duas semanas. Presidente da Brasilcap, braço do Banco do Brasil na área de títulos de capitalização, ele é suspeito de ter se beneficiado de parte do desvio de 1% da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Matheus Teixeira/Correio BrasilienseLeia na íntegra

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