*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 20 de março de 2017

Tá faltando muita coisa - Educação, Segurança, Saúde – mas, principalmente, falta Indignação

No país em que a impunidade dos crimes do colarinho branco sempre foi a regra, uma operação completar três anos, e isso ser lembrado e comemorado, é um avanço. O que mudou após esses três anos de espanto? Principalmente nós. O país parou de achar que a corrupção podia ser tolerada e aprendeu nas 38 fases que a doença era mais profunda e disseminada. A corrupção ameaça tudo o que conquistamos nas últimas décadas, a começar da democracia, a mais valiosa das conquistas. Os negócios sujos entre empresas e políticos se espalharam tanto e passaram a ser tão onipresentes que distorceram a representação política. Quem teria sido eleito sem o dinheiro da corrupção? Quem seriam hoje os governantes e os parlamentares? Como seriam as campanhas sem a abundância criminosa do dinheiro dado em troca de favores e vantagens?” – Miriam Leitão/O Globo

   
Procuradores do Ministério Público Federal que trabalham na força-tarefa da Operação Lava Jato disseram nesta sexta-feira (17) que as investigações devem seguir até o fim, com reformas que ocorram além da operação, e ressaltaram a importância da cooperação internacional para a coleta de provas e recuperação de valores. Deltan Dallagnol, procurador que coordena a força-tarefa da Lava Jato, disse que a operação significa o rompimento da impunidade nos círculos de poder no Brasil, e mostra a corrupção enraizada, atingindo diversos órgãos públicos. No entanto, ainda é preciso “avançar para reformas políticas e de Justiça” – para ele a sociedade e o Congresso são os responsáveis por fazer isso acontecer. A força-tarefa disse enfrentar problemas, principalmente por reação da classe política, que tentou aprovar medidas como anistia e responsabilização de procuradores e juízes no fim do ano passado.
"Nós temos medidas inúmeras no Congresso tentando restringir e não alavancar investigações criminais... "Basta uma noite no Congresso Nacional e toda a investigação pode cair por terra”, afirmou o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima - CONFERE LÁ
No dia em que a Operação Lava Jato completa três anos, o doleiro Alberto Youssef termina de cumprir a pena e ganha, finalmente, a liberdade. Nesta sexta-feira (17), ele deve tirar a tornozeleira que o acompanhou nos últimos quatro meses. A data de retirada foi prevista na decisão em que o juiz federal Sérgio Moro autorizou a mudança de regime de prisão do doleiro de fechado para domicilar. Leia na íntegra

Rodrigo Janot enviou ao STF 320 pedidos baseados na delação da Odebrecht. No total, são 83 pedidos de abertura de inquérito, 211 declínios de competência para outras instâncias da Justiça, 7 pedidos de arquivamento e 19 outras providências. Os declínios de competência são de pessoas citadas nas delações que não têm prerrogativa de foro no STF. Janot pediu a Edson Fachin o fim do sigilo de todo esse material.
Apesar de tudo o que já se sabe da Odebrecht é impressionante o resultado da pesquisa anual realizada pela Cia. de Talentos a respeito das "empresas dos sonhos" dos universitários e recém-formados". Ouvidos 63.998 jovens, a Odebrecht alcançou o posto de a sexta companhia mais desejada para um posto de trabalho, à frente de Nestlé, Itaú, Unilever, Natura. Em 2015, a Odebrecht ficou em terceiro lugar na mesma pesquisa – Lauro Jardim/O Globo
-Esse Brasil é mesmo um país estranho, né não? Ainda tem gente que não tem noção do estrago que a corrupção fez ao país. Uma empresa que nos últimos dez anos tinha como modus operandi corromper tudo que estivesse a seu alcance para atingir seus objetivos operacionais, já deveria ter sido interditada e desativada. O argumento que se a empresa fosse fechada isso poderia causar “um grande impacto social” não tem sustentação. Nada poderia ser pior que o dano que a Odebrecht causou ao país não só aos brasileiros, pois desvio de verbas não só ferem de morte os projetos para a Saúde, a Educação e Segurança, mas enxovalham a imagem do País mundo afora - e de tabela o povo que cá habita. Ao velho e roto mantra “O Brasil não é um país sério” - e não importa a autoria da frase, pois o que vale é o seu contexto – poderíamos acrescentar: e muito menos ético.  
   
   
Para conter os impactos imediatos da maior crise hídrica da história, o governo do Distrito Federal lançou mão de uma “operação de guerra”: além do racionamento e do combate aos vazamentos na rede, pretende instalar em tempo recorde uma tecnologia de última geração para tirar água do Lago Paranoá.
O modelo, no entanto, tem custo alto e depende quase exclusivamente de energia elétrica para captar e distribuir o recurso – o que deixa o litro de água pelo menos três vezes mais caro. Apesar de provisório, o projeto tem custo inicial de R$ 55,5 milhões (vindos da União) para sair do papel, e o governo já se prepara para completar o valor com recursos próprios – LEIA NA ÍNTEGRA
-A não ser que o governador do DF vá usar dinheiro de algum caixa 2, recursos próprios é o codinome de “dinheiro do povo”. 

O Palácio do Planalto divulgou neste sábado (18) uma nota em que diz que, durante ligação telefônica, o presidente da República, Michel Temer, tratou temas de "atualidade regional" com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por iniciativa do norte-americano. Questionada pelo G1, a assessoria da Presidência não detalhou quais assuntos "de atualidade regional" foram abordados durante a conversa. CONFERE LÁ
Atualidade regional” poderia ser, por exemplo... O Ministério da Agricultura afirma que problema é pontual. Segundo a pasta, das quase 5 mil unidades produtoras, apenas 21 estão sendo investigadas e só três foram interditadas na Operação Carne Fraca. O governo federal montou uma força-tarefa para analisar os casos citados na Operação Carne Fraca. O Ministério da Agricultura ressaltou que das quase 5 mil unidades produtoras do Brasil, apenas 21 estão sendo investigadas e que só três foram interditadas... “Os três SIFs que foram diretamente denunciados, já houve o pedido de interdição dessa três unidades, elas já não podem mais expedir e nós estamos fazendo o acompanhamento de quando a operação policial aconteceu, se essa mercadoria ainda está nos frigoríficos ou se ela está em trânsito ou se está nos supermercados. Mas, penso eu, que se essas mercadorias ou essa fiscalização ocorreu há mais de dez dias, muito provavelmente ela não estará mais nos supermercados, ela já foi consumida”, diz Maggi – CONFERE LÁ
-Que bom saber que a “carne podre” não oferece mais riscos à população, pois ela já não se encontra mais nas gôndolas dos supermercado... o povo já comeu.

   
Esta obra, “brasil com b minúsculo”, do poeta Sílvio Prado, está, a partir de hoje, na exposição “Rio de versos”, no CCBB. Diz assim: “Aqui, ninguém é preso ou devolve valores”. Só que essa realidade vem mudando desde a Lava-Jato, concorda? – Ancelmo Gois/O Globo

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