O Tribunal
Superior Eleitoral estuda uma cláusula para bloquear o uso do poder econômico e
a influência das igrejas nas eleições, afirma o presidente da Corte eleitoral,
Gilmar Mendes.
“Depois da
proibição das doações empresariais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), hoje
quem tem dinheiro? As igrejas. Além do poder de persuasão. O cidadão reúne 100
mil pessoas num lugar e diz ‘meu candidato é esse’. Estamos discutindo para
cassar isso”, diz o ministro.
Para Mendes, há um
uso da religião para influenciar as eleições, contando ainda com os recursos
das igrejas, não apenas material, mas a própria estrutura física. “Outra coisa
é fazer com que o próprio fiel doe. Ou pegar o dinheiro da igreja para
financiar”, afirma. “Se disser que agora o caminho para o céu passa pela doação
de 100 reais, porque eu não vou para o céu?”, ironiza. De acordo com Gilmar
Mendes, há um potencial para abuso de poder econômico de “difícil verificação”,
e existe a necessidade de o TSE agir. Leia
na íntegra
Alguns “pastores” confundem a máxima “Tempo é
dinheiro!”
com “Templo é dinheiro!”
Fotomontagem Revista Forbes
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Conhecida
por listar os maiores bilionários do mundo, a revista
Forbes publicou uma reportagem com os pastores evangélicos mais ricos do
Brasil. O texto ainda destaca a influência pessoal desses “religiosos” e o
crescimento da igreja evangélica no Brasil, “que da década de 70 até os dias de
hoje passou de 15.4% para 22.2% da população”.
A reportagem da Forbes
é de janeiro de 2016, mas pelo que parece está atualizadíssima - pelo menos no
contexto “ideológico” - já os valores, com certeza, devem ter muitos mais
zeros... a direita. Abaixo destacamos outros trechos da mesma reportagem:
Podemos observar uma
relação desses líderes religiosos com práticas empresariais: são bem
preparados; conhecem seus clientes; conhecem o produto que vendem; têm uma boa
oratória, são capazes de "encantar" as pessoas; utilizam a melhor
ferramenta de propaganda estudada nas aulas de empreendedorismo, que é a
"boca a boca", através dos testemunhos... Muitos dizem que não se
discute política e religião. Será que não?:
1) Da bancada
evangélica, todos os deputados que a compõe respondem processos judiciais;
2) 95% da referida
bancada estão entre os mais faltosos;
3) 87% da referida
bancada estão entre os mais inexpressivos do DIAP;
4) Na última
década não houve um só projeto de expressão, ou capaz de mudar a realidade do
país, encabeçado por um parlamentar evangélico.
No total, os evangélicos
representam 14,2% dos deputados e 5% dos senadores.
Segundo a Forbes
os dados são do site da Ong Transparência Brasil.
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