Até as emas que habitam os gramados do Palácio do Planalto sabem que não há
vácuo em política. Assim, quando se olha o cenário das eleições presidenciais
de 2018, a paisagem de terra arrasada produzida pela hecatombe das delações da
Lava-Jato vai rapidamente dando lugar a outra. Nela, em vez dos políticos
tradicionais, o que se vê é um repovoamento algo desordenado de novas espécies.
Elas incluem
desde o empresário, ex-apresentador de TV e recém-empossado prefeito de São
Paulo João Doria até o (ainda) apresentador de TV Luciano Huck e o ex-presidente
do Banco Central Arminio Fraga.
Doria começou a
aparecer nas pesquisas de intenção de voto espontânea para presidente pouco
depois de assumir a prefeitura e segue em trajetória ascendente. Em
levantamento do Ibope divulgada na quinta-feira, seu nome alcançou 24% de
potencial de votos.
Huck é uma das
apostas do Partido Novo, de olho na popularidade do apresentador e em sua
“descontaminação” política.
Arminio Fraga,
por ora, não passa de uma menção — ainda que cada vez mais frequente — feita em
círculos empresariais de São Paulo e do Rio, desejosos de um nome “técnico” e
identificado com o mercado.
O cenário
pós-hecatombe para 2018 é heterogêneo sob vários aspectos. Reúne candidatos a
candidatos, candidatos que juram não ser candidatos, não candidatos que não
descartam a possibilidade de virar candidatos e aqueles que não são candidatos
de fato e nunca virão a ser, embora muita gente gostaria que fossem. Em uma
dessas duas últimas categorias, encontram-se o ex-ministro do Supremo Tribunal
Federal e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, e o nome mais célebre da
Lava-Jato, Sergio Moro - Bruna Narcizo e Renato Onofre/Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário