“Estudo a
política brasileira há mais de duas décadas. Sempre ouvi falar de caixa dois e
de políticos se beneficiando por estarem no poder. Mas o que está vindo à tona
com a delação da Odebrecht é simplesmente assombroso. Esperava que o sistema
partidário fosse abalado. Mas ele foi devastado” do
cientista político Jairo Nicolau/Ancelmo Góis
Além dos
apelidos, os políticos que recebiam recursos da
Odebrecht tinham padrinhos dentro da empresa. Marcelo Odebrecht conta em um de
seus depoimentos que a solução foi encontrada para evitar conflitos internos
sobre atender ou não determinada solicitação, uma vez que o político podia ter
atendido algum negócio da empresa e atrapalhado outro. O ex-presidente do grupo
afirmou que as relações desses padrinhos eram baseadas em um tripé:
institucional, relação pessoal e dinheiro.
A definição dos
padrinhos era feita pelo presidente do grupo, cargo que Marcelo ocupou de 2008
até junho de 2015, quando foi preso pela Lava-Jato. Ele explicou aos
investigadores que essa sistemática foi criada porque às vezes as áreas de
negócios tinham interesses diferentes em determinadas regiões e sobre os
políticos e, por isso, era preciso ter um acerto antes da decisão do pagamento.
Segundo ele, até 300 pessoas tinham condição de tratar de doações, por isso era
preciso haver essa figura do padrinho.
“Não é que
pagasse tudo, mas não se teria acerto sem passar pelo blessing (benção em
inglês) do padrinho”, afirmou Marcelo – Leia
na íntegra
Código de honra: O delator da Odebrecht Hilberto Mascarenhas, que comandou o Setor
de Operações Estruturadas da empreiteira – o “departamento de propina” que,
segundo ele, movimentou US$ 3,37 bilhões de 2006 a 2014 –, afirmou em
depoimento que a empresa descontava dos bônus anuais pagos a executivos o valor
de repasses irregulares feitos pela companhia.
“É possível que
um executivo que não tivesse feito ou solicitado nenhum pagamento irregular
ainda assim ganhasse bônus pelos resultados?”, questionou um dos procuradores.
“Sim, ele seria até mais premiado, com certeza, por não ter feito a empresa
correr riscos”, respondeu Mascarenhas, durante depoimento no dia 15 de dezembro
do ano passado – CONFERE
LÁ
-Ahhhhh bom!
O governo
federal detectou quase 1,2 mil pessoas já falecidas que
estavam recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos com
mais de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Pouco mais de 70
passaram a receber o auxílio depois de já terem morrido.
“Isso aí já
entra para a esfera policial, vamos estudar caso a caso para ver o que
aconteceu, ver se tem alguma coisa organizada por trás disso”, afirmou ao Estado
o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA),
Alberto Beltrame...
O grupo também
detectou 52,8 mil benefícios que vêm sendo pagos a famílias com renda per
capita superior a meio salário mínimo [beneficiárias do BPC famílias]. Em quase
metade dos casos, a renda per capita chega a superar dois salários mínimos. A
maior parte foi concedida pela via administrativa, mas há uma parcela menor
desses auxílios que foi autorizada após ações judiciais, individuais ou
coletivas... A lei diz que só têm direito ao auxílio as famílias que ganham até
1/4 do salário mínimo (R$ 234,25) por pessoa. O valor do benefício é de um
salário mínimo (R$ 937) – leia
mais
Jogo perigoso - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, visitou nesta
segunda-feira a zona desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias, em um
momento de máxima tensão com a do Norte devido a seus repetidos testes de
armas...
A poucos metros
da fronteira com a Coreia do Norte, Pence destacou novamente a importância da
aliança de Washington e Seul e a “determinação do povo e do presidente
americano” para resolver a situação “através de meios pacíficos, através de
negociações”.
Não obstante, o
número dois do governo Trump lembrou que a “paciência estratégica” dos Estados
Unidos está acabando e que “todas as opções estão sobre a mesa” para se
conseguir a desnuclearização da península coreana, em uma nova insinuação de
que a via militar é uma possibilidade se Pyongyang não ceder – CONFERE
LÁ
colagem sobre fotomontagem by
equipeQ&M
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O jurista Célio
Borja, de 88 anos, ex-ministro da Justiça na gestão de
Fernando Collor e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), nomeado pelo
então presidente José Sarney, alerta para o risco de as delações da Odebrecht
serem tomadas como “verdade absoluta”, antes que as investigações prossigam. “A
generalização é a salvação dos canalhas”, diz Borja, em entrevista
ao Estado. Para ele, esse clima de descrença em torno da política pode
levar ao autoritarismo. “Essa confusão entre quem é sério e quem não é ajuda a
inventar salvadores da pátria.” CONFERE
LÁ
A presidente do
STF, ministra Cármen Lúcia, acertou nesta
segunda-feira, 17, com o ministro Edson Fachin a criação de um grupo de
assessoria especializada para conferir celeridade aos processos da Operação
Lava Jato que tramitam na Corte. Fachin é o relator dos processos da Lava Jato
no STF. Nesta
segunda-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu à ministra Cármen
Lúcia a instalação imediata de uma força-tarefa para agilizar a fase de coleta
de provas dos processos relacionados à Operação Lava Jato. Ao fazer referência
ao Regime Interno do STF, a OAB pede a convocação de mais juízes auxiliares,
“para que a Justiça se concretize para uma nação à espera da redenção” – CONFERE
LÁ
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