*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 18 de abril de 2017

Assombroso

Estudo a política brasileira há mais de duas décadas. Sempre ouvi falar de caixa dois e de políticos se beneficiando por estarem no poder. Mas o que está vindo à tona com a delação da Odebrecht é simplesmente assombroso. Esperava que o sistema partidário fosse abalado. Mas ele foi devastadodo cientista político Jairo Nicolau/Ancelmo Góis

   
Além dos apelidos, os políticos que recebiam recursos da Odebrecht tinham padrinhos dentro da empresa. Marcelo Odebrecht conta em um de seus depoimentos que a solução foi encontrada para evitar conflitos internos sobre atender ou não determinada solicitação, uma vez que o político podia ter atendido algum negócio da empresa e atrapalhado outro. O ex-presidente do grupo afirmou que as relações desses padrinhos eram baseadas em um tripé: institucional, relação pessoal e dinheiro.
A definição dos padrinhos era feita pelo presidente do grupo, cargo que Marcelo ocupou de 2008 até junho de 2015, quando foi preso pela Lava-Jato. Ele explicou aos investigadores que essa sistemática foi criada porque às vezes as áreas de negócios tinham interesses diferentes em determinadas regiões e sobre os políticos e, por isso, era preciso ter um acerto antes da decisão do pagamento. Segundo ele, até 300 pessoas tinham condição de tratar de doações, por isso era preciso haver essa figura do padrinho.
“Não é que pagasse tudo, mas não se teria acerto sem passar pelo blessing (benção em inglês) do padrinho”, afirmou Marcelo – Leia na íntegra
Código de honra: O delator da Odebrecht Hilberto Mascarenhas, que comandou o Setor de Operações Estruturadas da empreiteira – o “departamento de propina” que, segundo ele, movimentou US$ 3,37 bilhões de 2006 a 2014 –, afirmou em depoimento que a empresa descontava dos bônus anuais pagos a executivos o valor de repasses irregulares feitos pela companhia.
“É possível que um executivo que não tivesse feito ou solicitado nenhum pagamento irregular ainda assim ganhasse bônus pelos resultados?”, questionou um dos procuradores. “Sim, ele seria até mais premiado, com certeza, por não ter feito a empresa correr riscos”, respondeu Mascarenhas, durante depoimento no dia 15 de dezembro do ano passado – CONFERE LÁ
-Ahhhhh bom! 

O governo federal detectou quase 1,2 mil pessoas já falecidas que estavam recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Pouco mais de 70 passaram a receber o auxílio depois de já terem morrido.
“Isso aí já entra para a esfera policial, vamos estudar caso a caso para ver o que aconteceu, ver se tem alguma coisa organizada por trás disso”, afirmou ao Estado o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Alberto Beltrame...
O grupo também detectou 52,8 mil benefícios que vêm sendo pagos a famílias com renda per capita superior a meio salário mínimo [beneficiárias do BPC famílias]. Em quase metade dos casos, a renda per capita chega a superar dois salários mínimos. A maior parte foi concedida pela via administrativa, mas há uma parcela menor desses auxílios que foi autorizada após ações judiciais, individuais ou coletivas... A lei diz que só têm direito ao auxílio as famílias que ganham até 1/4 do salário mínimo (R$ 234,25) por pessoa. O valor do benefício é de um salário mínimo (R$ 937)  – leia mais

   
Jogo perigoso - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, visitou nesta segunda-feira a zona desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias, em um momento de máxima tensão com a do Norte devido a seus repetidos testes de armas...
A poucos metros da fronteira com a Coreia do Norte, Pence destacou novamente a importância da aliança de Washington e Seul e a “determinação do povo e do presidente americano” para resolver a situação “através de meios pacíficos, através de negociações”.
Não obstante, o número dois do governo Trump lembrou que a “paciência estratégica” dos Estados Unidos está acabando e que “todas as opções estão sobre a mesa” para se conseguir a desnuclearização da península coreana, em uma nova insinuação de que a via militar é uma possibilidade se Pyongyang não ceder – CONFERE LÁ

colagem sobre fotomontagem by equipeQ&M
O jurista Célio Borja, de 88 anos, ex-ministro da Justiça na gestão de Fernando Collor e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), nomeado pelo então presidente José Sarney, alerta para o risco de as delações da Odebrecht serem tomadas como “verdade absoluta”, antes que as investigações prossigam. “A generalização é a salvação dos canalhas”, diz Borja, em entrevista ao Estado. Para ele, esse clima de descrença em torno da política pode levar ao autoritarismo. “Essa confusão entre quem é sério e quem não é ajuda a inventar salvadores da pátria.” CONFERE LÁ

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, acertou nesta segunda-feira, 17, com o ministro Edson Fachin a criação de um grupo de assessoria especializada para conferir celeridade aos processos da Operação Lava Jato que tramitam na Corte. Fachin é o relator dos processos da Lava Jato no STF. Nesta segunda-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu à ministra Cármen Lúcia a instalação imediata de uma força-tarefa para agilizar a fase de coleta de provas dos processos relacionados à Operação Lava Jato. Ao fazer referência ao Regime Interno do STF, a OAB pede a convocação de mais juízes auxiliares, “para que a Justiça se concretize para uma nação à espera da redenção” – CONFERE LÁ

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