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segunda-feira, 10 de abril de 2017

“Calicute” & “Saqueador” têm o mesmo DNA

Temos que falar a verdade, a Caixa 2 nas eleições é trapaça, é um crime contra a democracia. Me causa espécie quando alguns sugerem fazer uma distinção entre a corrupção para fins de enriquecimento ilícito e a corrupção para fins de financiamento ilícito de campanha eleitoral. Para mim a corrupção para financiamento de campanha é pior que para o enriquecimento ilícito. Se eu peguei essa propina e coloquei em uma conta na suíça, isso é um crime, mas esse dinheiro está lá, não está mais fazendo mal a ninguém naquele momento. Agora, se eu utilizo para ganhar uma eleição, para trapacear uma eleição, isso para mim é terrível. Eu não estou me referindo a nenhuma campanha eleitoral específica, estou falando em geraljuiz Sérgio Moro, neste sábado (8) em uma palestra para estudantes brasileiros na Universidade de Harvard em Cambridge, Massachusetts/EU

O Superior Tribunal de Justiça deverá decidir, nos próximos dias, se existe conexão entre as operações Saqueador, que prendeu o empresário Fernando Cavendish e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, e a Calicute, cujo alvo é o esquema comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral. Caso o STJ rejeite a conexão, as ações e inquéritos derivados da Calicute sairão das mãos do juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, e do desembargador Abel Gomes, relator do caso no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, e terão de ser redistribuídos.
A possibilidade é vista com apreensão pelos procuradores da República da força-tarefa da Calicute. Esta semana, eles fizeram uma peregrinação nos gabinetes dos cinco ministros da Sexta Turma do STJ, onde a questão será decidida, para convencê-los de que existe conexão entre os casos. Mas os advogados dos réus, interessados no afastamento de Bretas, também intensificaram as visitas aos gabinetes e chegaram a fazer apresentação com PowerPoint  - CONFERE LÁ
Mas... Uma denúncia que o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro prepara para acusar dirigentes de Delta, Andrade Gutierrez, Carioca Engenharia e outras empreiteiras faz deixar mais claro que o cartel e a fraude à licitação de obras como Metrô, Maracanã, Arco Metropolitano e do PAC das Favelas foram crimes cometidos por uma mesma organização criminosa.
A argumentação é fundamental para provar que há ligação entre as operações Calicute e Saqueador e que, portanto, os processos não devem ser redistribuídos.
Nessa denúncia, os procuradores tentarão deixar claro que as empresas fatiavam o mercado de grandes obras sob a liderança de Sérgio Cabral, e que a regra do jogo era o pagamento por todas elas dos famosos 5% ao governador.
Os procuradores defendem que esses esquemas de cartelização é que resultaram nas operações Saqueador e Calicute, o que faria com que a conexão entre elas é evidente.
Os procuradores afirmam ainda que o crime de corrupção antecedente da lavagem de dinheiro, tanto na Calicute quanto na Saqueador, é a obra do Maracanã – LAURO JARDIM/O GLOBO neste sábado 8

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