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segunda-feira, 22 de maio de 2017

"As primeiras impressões estão sempre certas"

No seu pronunciamento sobre o caso JBS, o presidente Temer se aproveitou bem das atitudes de Joesley e da péssima impressão que causou na opinião pública a condescendência com os irmãos Batista. Por mais que tenham feito uma delação premiada importante, não há como aceitar que estejam livres e não paguem pelo menos um pouco pelo que fizeram. Eles não viraram nossos heróis. Foi um erro e precisa ser revisto. Isso perturba, inclusive, toda a investigação da Lava-Jato, porque é um critério sem lógicaMerval Pereira para o Globo  neste domingo 21

Um dos muitos políticos citados na delação premiada do grupo JBS, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não perdeu a oportunidade de mais uma vez se mostrar o aliado menos fiel do presidente Michel Temer (PMDB). Em nota enviada à imprensa, ele afirmou que, se Ricardo Saud “ou qualquer outro delator” lhe relatasse pagamentos de propina ou caixa 2, ele “mandaria prendê-lo” – Leia íntegra.
Enquanto isso...  O senador Renan Calheiros anda quietinho em meio à balbúrdia, mas voltará a ser notícia na próxima segunda-feira (22), quando a jornalista Monica Veloso prestará depoimento ao juiz da 14ª Vara de Justiça Federal de Brasília no processo movido contra o senador por improbidade administrativa. A ação corre paralela a outra, criminal, em curso no STF.
A acusação é a de que Calheiros pagava a pensão da filha que teve com Monica, com dinheiro recebido da empreiteira Mendes Júnior, por intermédio do lobista Cláudio Gontijo. Segundo o advogado da jornalista, Pedro Calmon, ela vai confirmar o recebimento do dinheiro pelos meios que constam na acusação. No depoimento, a ser feito por vídeo conferência, a partir das 16h, podem surgir novos nomes como intermediários do senador  - Dora Kramer/veja – Leia na íntegra

Os termos da delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS, serão questionados por ao menos um ministro na sessão de quarta-feira do Supremo Tribunal Federal, que irá decidir se suspende o inquérito contra o presidente Michel Temer, como pede a defesa.
Temer é investigado por três crimes: corrupção passiva, obstrução à investigação e participação em organização criminosa. A dúvida é se o ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo, poderia ter concedido perdão judicial ao empresário sem ouvir o plenário da Corte.
Já havia indignação no STF com os termos do acordo fechado com Sérgio Machado, que conseguiu livrar os filhos de punição. Os benefícios dados a Joesley elevaram o tom das críticas na Corte. Já se fala em questionar outras delações.
“Não tenho notícia de acordo de delação com tantas benesses a um delator”, diz o professor de Direito da FAAP, Luiz Fernando Amaral - Andreza Matais/EstadãoCONFERE LÁ


Em seu segundo pronunciamento em dois dias, Michel Temer desqualificou o empresário Joesley Batista, a quem chamou de “conhecido falastrão exagerado” e a quem atribuiu um “crime perfeito”.
Temer pode dizer o que quiser de Joesley Batista, mas cometeu o pecado original: recebeu-o em palácio, fora da agenda, em hora avançada da noite, a sós e manteve uma conversa cordial, de amigos. Por fim, ainda celebrou o fato de que o empresário conseguiu passar na portaria do Palácio do Jaburu sem se identificar. Por que tanta deferência com um criminoso falastrão exagerado?
Mais: ao comentar as reivindicações do empresário que não foram atendidas, Temer disse que isso é “prova cabal de que meu governo não estava aberto a ele”.
O governo talvez não estivesse, mas o palácio, na calada da noite, estava - Leia na íntegra

Henrique Meirelles é um frio administrador da própria audácia. Quando diversos barões da economia recusaram convites para colaborar com o governo de Lula, ele arriscou e aceitou a presidência do Banco Central. Deu-se bem e hoje é o sonho de consumo do mercado para a sucessão de Temer.
Em 2012, aos 67 anos, tendo amealhado um patrimônio pessoal e profissional, aceitou convite de Joesley Batista e assumiu a presidência do conselho da holding que controla a JBS.
Desligou-se do grupo em 2016. Numa conversa com Temer, Batista refere-se a ele como se falasse de um vaqueiro de suas fazendas.
Meirelles esqueceu-se do famoso conselho de Oscar Wilde: "As primeiras impressões estão sempre certas" - Elio Gaspari/O Globo

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