“Comprovada a
existência de gravações envolvendo o presidente Michel Temer, aliados e
adversários do governo reconhecem que a hecatombe lançada pelos donos da JBS
sobre o Planalto legará ao peemedebista só dois caminhos: a renúncia ou o
afastamento pelo Tribunal Superior Eleitoral. A corte, que julga a cassação da
chapa pela qual ele se elegeu, será pressionada a restaurar a
“institucionalidade” no país. Ato contínuo, a oposição vai fazer carga por
eleições diretas” – PAINEL/FOLHA
O presidente
nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Claudio Lamachia, classificou como "estarrecedores, repugnantes e
gravíssimos" os fatos noticiados na noite desta quarta-feira, em
reportagem exclusiva do Jornal O GLOBO... Em nota, o presidente da OAB afirmou
ainda que a sociedade precisa de respostas:.
"São estarrecedores,
repugnantes e gravíssimos os fatos noticiados por O Globo a respeito de suposta
obstrução da Justiça praticada pelo presidente da República e de recebimento de
dinheiro por parte dos senadores Aécio Neves e Zezé Perrella. A sociedade
precisa de respostas e esclarecimentos imediatos. As cidadãs e cidadãos
brasileiros não suportam mais conviver com dúvidas a respeito de seus
representantes. Por isso, as gravações citadas precisam ser tornadas públicas,
na íntegra, o mais rapidamente possível. E a apuração desses fatos deve ser
feita com celeridade, dando aos acusados o direito à ampla defesa e à sociedade
a segurança de que a Justiça vale para todos, independentemente do cargo
ocupado" – CONFERE
LÁ
“Vamu pra rua”
As últimas da
Lava-Jato, reveladas com exclusividade por Lauro Jardim,
nos levam a questões automáticas que dizem respeito ao futuro de um país já
combalido pela corrupção. O governo Temer sobreviverá a tais revelações? As
reformas podem ser sepultadas? O que acontecerá com a economia? Como fica o
cenário político?
Grandes momentos
pedem análises cautelosas, porém necessárias. É arriscado prever o destino de
Temer, mas é fato que num contexto de baixíssima popularidade ele precisará
mais do que nunca de sua conhecida habilidade política para se equilibrar no
poder. Mas seu futuro provavelmente dependerá das ruas, sempre elas. Leia
na íntegra
O ato falho do
apresentador William Bonner, que chamou Michel Temer de
ex-presidente na abertura do "Jornal Nacional", reflete a gravidade
da nova crise que se instalou sobre o Planalto.
A notícia de que
Temer deu aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha deu início a conversas
sobre o que parecia quase impossível: a segunda queda de governo em um ano.
A hipótese de
afastamento do presidente passou a dominar as rodas no Congresso poucos minutos
depois de o jornal "O Globo" revelar a gravação feita pelo empresário
Joesley Batista no Palácio do Jaburu.
Se Temer não
provar que foi dublado por um imitador de raro talento, sua situação tende a
ficar insustentável. Não há registro, na história recente do país, de um
flagrante tão grave envolvendo a conduta pessoal de um presidente no cargo...
Entre os
caminhos que já começaram a ser discutidos por aliados do governo, estão
renúncia, impeachment e cassação via TSE, o que poderia abrir caminho a uma
nova eleição presidencial.
Na coluna
passada, escrevi que a última hipótese estava praticamente descartada, a não
ser que um raio caísse sobre Brasília. O raio acaba de cair sobre Temer - Bernardo Mello Franco/Folha
- Leia
na íntegra
Nenhum comentário:
Postar um comentário