“Agora que o Brasil chegou ao ralo do porão
do terceiro subsolo do quinto alçapão do fundo do poço, ficou claro que lutar
contra a corrupção é como tentar enxugar o Atlântico com um Perfex. Ou
começamos a pensar fora da caixinha (fora da caixinha dois, pelo menos), ou o
país acaba antes da Copa da Rússia –o que seria uma pena diante do timaço que o
Tite vem montando. Minha sugestão: socializemos a lambança. Vamos dar a cada
cidadão, independentemente da cor, classe, gênero ou religião, as mesmas
chances que um deputado, um presidente, senador ou vereador têm para delinquir”
Antonio Prata/Folha
Menos de um ano após assumir a presidência do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques
pediu demissão ontem. Alegando decisões pessoais, ela surpreendeu o Palácio do
Planalto, ao anunciar diretamente ao presidente Michel Temer que deixaria o
cargo numa reunião marcada de última hora. Segundo fontes, ela teria se
antecipado a uma decisão do governo de exonerá-la porque avaliou que isso
poderia ser anunciado em pouco tempo....
Maria Silvia
estava sob forte críticas dos empresários, que reclamavam de dificuldades para
obter financiamentos em plena recessão... Críticas que sempre respondeu dizendo
que a indústria estava ociosa e que a queda nos desembolsos se devia à menor
disposição dos empresários para investir.
Ontem, a
avaliação da área econômica foi que Maria Silvia saiu por uma combinação de
desapontamento por não estar fazendo diferença em meio à crise política e
irritação com as críticas. Ela também, segundo interlocutores da Fazenda, teria
querido deixar o cargo “antes de o barco afundar”.
Ministros de
Temer admitiram que as queixas dos empresários pesaram na sua saída. O governo
estava satisfeito com os números do banco, mas não com os indicadores da
economia, com o desemprego:
-Neste caso
especificamente, ela não correspondeu às expectativas de pujança, do
empreendedorismo do banco para gerar empregos — disse um ministro – Leia
na íntegra
-Enquanto o ministro afirmava que Maria Silvia “não correspondeu às expectativas de pujança, do
empreendedorismo do banco”, lá em Nova York... “O apartamento de 685 metros quadrados de Joesley Batista em Nova York
custa ao delator-gravador US$ 34 mil mensais (ou R$ 111 mil) só de taxas,
condominiais e outras. Ou R$ 1,38 milhão por ano”. Lauro Jardim/O Globo
O presidente
Michel Temer tem pelo menos até o próximo dia 6, quando
o TSE começará a julgar a cassação da chapa vencedora das eleições
presidenciais de 2014, para negociar sua sobrevida no cargo. Ele aposta em
alguns fatores:
1) a indefinição
sobre nome de seu sucessor, em virtude da hesitação no PSDB para desembarcar do
governo (no partido, o mais bem cotado é o senador Tasso Jereissati);
2) a indefinição
das regras para uma eventual eleição indireta;
3) um pedido de
vista ou recurso que arraste o processo do TSE por mais alguns meses;
4) a aprovação
da reforma trabalhista no Senado, comprovando que o governo ainda funciona;
5) a resistência
do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em aceitar um pedido de impeachment
(mesmo que aceite, um processo desses levaria meses).
Mas dificilmente
o noticiário deixará Temer em paz. Há, no caso dele, aquilo que o jargão do
jornalismo investigativo costuma chamar de “fios desencapados”, de onde poderão
surgir choques elétricos com graus variáveis de tensão. Pelo menos dois dos
envolvidos no escândalo têm interesse em comprometê-lo ainda mais – Helio Gurovitz/O
Globo - CONFERE
LÁ
Atalhos
institucionais - Diante da crise generalizada e da
falta de saídas fáceis, vários atores aos quais caberia a responsabilidade de
conduzir o País para uma transição minimamente racional flertam perigosamente
com saídas fáceis ou atalhos institucionais. É o ingrediente que falta para o
Brasil descambar de vez para situações que assistimos num passado recente – ou
mesmo hoje – nos nossos vizinhos de continente.
O mais “popular”
desses puxadinhos legais atende pelo aparentemente libertário slogan de
“diretas já!”, como se vivêssemos um período de hiato democrático e não
tivéssemos um ciclo ininterrupto de eleições diretas a cada dois anos desde a
década de 80. Como se a malfadada dupla Dilma Rousseff & Michel Temer não
tivesse sido eleita e reeleita por voto popular - Vera Magalhães/Estadão – Leia
na íntegra
"O senhor
Presidente da República Michel Temer será o principal alvo de nossas operações,
declaramos guerra a qualquer autoridade seja política ou não, que oprime a
população, não somos um movimento partidário, e qualquer governo seja de
direita ou esquerda que por sua vez prejudica a grande maioria esquecida, nós
estaremos aqui para lutar por eles"
Nesta
sexta-feira, um ataque isolado da célula AnonOpsBrazil atingiu o endereço
micheltemer.com.br. O motivo do ataque foram os escândalos envolvendo a
participação do político em esquemas com a empresa JBS - Temer foi gravado em
uma conversa fora de agenda com o empresário Joesley Batista – confere
lá
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