"Eu amava a vida que tinha antes. Eu fazia tantas
coisas... Agora eu tenho mais trabalho do que antes. Eu pensei que seria mais
fácil.” Trump nesta quinta (27) em entrevista à agência de
notícias Reuters referindo-se aos seus “100 dias de governo”
Eliane Cantanhêde |
“Governar
não é tão simples como pensam os motoristas de táxi”,
declarou o ex-ministro Milton Seligman, hoje professor do Insper, no seminário
sobre reforma política promovido pelo Estado.
Pois é. Governar não é
simples, não é fácil e o alerta é que pode fazer muito mal à saúde.
Depois de
dois impeachments em 25 anos, agora Michel Temer dribla popularidade abaixo do
razoável, recuperação lenta da economia, desemprego crescente, pressões
infernais da base aliada e bloqueio de ônibus e quebra-quebra comandados pela
oposição.
Na avaliação
palaciana, o protesto de sexta-feira, no início de um feriadão, ficou restrito
aos movimentos e categorias ligados ao PT, sem adesão popular, sem massa. A
estratégia foi parar os meios de transporte para impedir que as pessoas fossem
trabalhar e que as empresas e o comércio abrissem, dando a impressão de um
movimento muito maior do que era. Queimar pneus e ônibus para completar o
serviço com imagens impactantes.
Para os
organizadores, foi a maior greve da história, um sucesso do “povo brasileiro”.
Para o governo, uma paralisação promovida por “um grupo pequeno”, com um
resultado previsível e insuficiente para perturbar a reforma da Previdência. Ao
contrário: com quebra-quebra e excesso de vermelho, podem ter-se isolado, dando
um tiro no pé e facilitando o voto no texto governista. [...] - Do artigo “Os
Sem-Massa” de Eliane Cantanhêde/Estadão
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