“Tem muita gente
querendo ver Lula na cadeia. Essa cena parece ser uma solução. A menos que Lula
seja trancado para começar a cumprir uma sentença, prendê-lo preventivamente ou
por desacato ao juiz Sergio Moro cria um problema novo: soltá-lo. Assim, prende-se
um réu e solta-se um mártir, cuja libertação terá sido pedida em manifestações
realizadas no Brasil e no exterior” Elio Gaspari/O Globo
O ex-secretário
de Saúde do Rio Sérgio Côrtes, o empresário Miguel
Iskin e Sergio Vianna Junior foram alvos nesta quarta-feira (3) de denúncia do
Ministério Público Federal sob acusação de obstrução da Justiça. De acordo com
a procuradoria, os dois agiram para atrapalhar as investigações da Operação
Lava Jato... E-mail de Côrtes para Iskin interceptado pela investigação aponta,
segundo o MPF, que os dois tentaram combinar versões a serem apresentadas à
Justiça, bem como uma tentativa de manter a operação do esquema criminoso: "Meu
chapa, você pode tentar negociar uma coisa ligada à campanha. Pode salvar seu
negócio. Podemos passar pouco tempo na cadeia... Mas nossas putarias têm que
continuar", escreveu Côrtes para Iskin, segundo a procuradoria – Leia
na íntegra
-A Folha publicou nesta
quinta (4) uma pesquisa indagando se após 3 anos “do
início da Lava Jato” a percepção de que a corrupção vai “diminuir, ficar igual
ou aumentar? O resultado revela uma triste realidade: “... para 44% ela
continuará na mesma proporção, e para 7% a prática aumentará – o que totaliza
51% dos pesquisados” – Leia
na íntegra
Validando a pesquisa: Newton Cardoso Júnior (PMDB/MG) conseguiu aprovar hoje na
comissão mista do Congresso o relatório da MP que cria o novo Refis. O deputado
é reconhecidamente um craque: conseguiu a aprovação com apenas quatro votos.
Cardoso Júnior
conseguiu mais: incluiu uma emenda que perdoou as dívidas de todos os
fabricantes de bebidas que tinham multas não pagas no Sicobe (Sistema de
Controle de Produção de Bebidas) — foram perdoados cerca de R$ 2 bilhões- Lauro Jardim/O
Globo
Como abrir mão
de Angola? Não são poucas as pessoas que questionam a
Odebrecht a respeito de suas obras em Angola - um país comandado há 38 anos
pelo ditador José Eduardo dos Santos.
Como conciliar a
permanência num país com regras e instituições frouxas e a nova postura que a
empresa promete seguir?
Não é algo que a
Odebrecht consiga responder com facilidade. Em Angola, além de minas de
diamante e uma rede de supermercados, a Odebrecht toca duas grandes obras (e
não é pouco num momento em que a América Latina praticamente enxotou o grupo).
São elas:
1. A construção
da Hidrelétrica de Laúca, uma obra composta por três fases: desvio do rio
Kwanza, execução integral das obras civis do empreendimento, fornecimento,
montagem e comissionamento dos equipamentos eletromecânicos.
2. A
modernização da Hidrelétrica de Cambambe, que está em operação há mais de
50 anos – Lauro Jardim/O Globo
“E agora, Odebrecht?
A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora... ?
Sozinho no escuro, qual bicho-do-mato... sem cavalo preto que fuja a
galope, você marcha... para onde?” - Recortes
do poema “José” de Carlos Drummond de Andrade
#VamosIrritarJanot
A decisão do
Supremo Tribunal Federal de liberar da prisão o
ex-ministro José Dirceu deixou o Palácio do Planalto apreensivo. A preocupação
é que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se irrite e acelere as
denúncias da Operação Lava Jato contra os políticos – Estadão
-Tomara. O bloguinho lança a campanha #VamosIrritarJanot
A decisão do
STF de soltar presos como José Dirceu e Eike Batista
dificilmente alterará a disposição de Antonio Palocci de fazer delação
premiada. Criminalistas próximos a ele dizem que o ex-ministro deve seguir nas
negociações com a Lava Jato.
O caso de
Palocci lembraria o de Ricardo Pessôa, da empreiteira UTC, que foi solto pelo
STF e, mesmo em liberdade, fechou delação. E do casal de marqueteiros do PT,
Mônica Moura e João Santana, que foram libertados pelo juiz Sergio Moro e ainda
assim assinaram acordo de colaboração.
A delação teria
como principal atrativo não a liberdade imediata, considerada alívio
passageiro, e sim a redução drástica de pena para pessoas que, como Palocci,
sabem que a probabilidade maior é a de que sejam condenadas a muitos anos de
cadeia no fim do processo – Mônica Bergamo/Folha
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