*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 16 de maio de 2017

“Wanderléa”

Há dias li a notícia de uma investigação envolvendo o Paulo Maluf e fui tomado por uma emoção parecida com a que senti ao descobrir que a Wanderléa está viva, ainda cantando e bonitinha como nos tempos da Jovem Guarda, lembra? Uma sensação de surpresa seguida de nostalgia e, confesso, até um certo enternecimento. O velho Maluf, que o mundo parecia ter esquecido, ainda vivo, ativo — e solto.

Deu saudade do tempo em que ele era uma espécie de corrupto oficial do Brasil, o suspeito de sempre, que inocentava toda a classe política nacional pelo contraste.
Ninguém era tão corrupto quanto ele. E como sua corrupção mais do que provada nunca deu cadeia e tornou-se até folclórica, ele também representava a tolerância histórica, o “deixapralaísmo” e o “roubamasfazismo” do brasileiro com a corrupção, até virem os tempos de Moro.

E houve uma reversão: antes Maluf inocentava os outros políticos porque nenhum conseguiria concentrar tanta corrupção quanto ele, hoje é tanta a corrupção revelada e generalizada que Maluf, pelo contraste, parece um amador.


Não sei o que está sendo investigado do Maluf, agora. Fiquei tão tocado com a descoberta de que ele, como a Wanderléa, ainda existe que não prestei atenção no resto da notícia. Parece que a investigação atual nada tem a ver com a inquisição de Curitiba. Espantosamente, a operação Lava-Jato não se interessou pelo passado e pelas contas do Maluf, que deve estar se sentindo desprezado. E, decididamente, ultrapassado – CONFERE LÁ

Nenhum comentário:

Postar um comentário