Há dias li a
notícia de uma investigação envolvendo o Paulo Maluf e
fui tomado por uma emoção parecida com a que senti ao descobrir que a Wanderléa
está viva, ainda cantando e bonitinha como nos tempos da Jovem Guarda, lembra?
Uma sensação de surpresa seguida de nostalgia e, confesso, até um certo
enternecimento. O velho Maluf, que o mundo parecia ter esquecido, ainda vivo,
ativo — e solto.
Deu saudade do
tempo em que ele era uma espécie de corrupto oficial do Brasil, o suspeito de
sempre, que inocentava toda a classe política nacional pelo contraste.
Ninguém era tão
corrupto quanto ele. E como sua corrupção mais do que provada nunca deu cadeia
e tornou-se até folclórica, ele também representava a tolerância histórica, o “deixapralaísmo”
e o “roubamasfazismo” do brasileiro com a corrupção, até virem os tempos de
Moro.
E houve uma
reversão: antes Maluf inocentava os outros políticos porque nenhum conseguiria
concentrar tanta corrupção quanto ele, hoje é tanta a corrupção revelada e
generalizada que Maluf, pelo contraste, parece um amador.
Não sei o que
está sendo investigado do Maluf, agora. Fiquei tão tocado com a descoberta de
que ele, como a Wanderléa, ainda existe que não prestei atenção no resto da
notícia. Parece que a investigação atual nada tem a ver com a inquisição de
Curitiba. Espantosamente, a operação Lava-Jato não se interessou pelo passado e
pelas contas do Maluf, que deve estar se sentindo desprezado. E, decididamente,
ultrapassado – CONFERE
LÁ
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