“O Brasil é institucional. Não é caudilhesco, nem
personalista. Seja quem for na PF, a investigação continuará. Não depende de
pessoas, é institucional. Não é mais coisa de governo, nem de Ministério
Público, de Judiciário. É uma demanda de Estado, da sociedade civil, da
sociedade brasileira”. Torquato Jardim,
durante a cerimônia de posse como ministro da Justiça, avisando que, embora
pareça justamente o contrário, pensar em mudar o comando da Polícia Federal e
cortar o orçamento destinado a operações policiais são maneiras bastante
eficazes de fortalecer a Lava Jato” – Augusto Nunes/Veja
Em novembro de
2010, numa entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues,
o marqueteiro João Santana, deslumbrado com a vitória da dupla formada por
Dilma Rousseff e Michel Temer, garantiu que a seita lulopetista havia chegado
ao reino dos céus pela rota do Planalto.
Acabara de
eleger uma mulher que tinha tudo para ocupar no imaginário brasileiro o trono à
espera de uma rainha. E no banco de reservas, além do príncipe consorte Michel
Temer, sentava-se ninguém menos que Lula, o Pelé da política.
Neste outono,
nos depoimentos à Lava Jato, o delator premiado demonstrou que até Maria I, a
Louca, era muito mais confiável e mentalmente equilibrada que a monarca provida
de um neurônio só, transferiu o Pelé de araque para o banco dos réus e provou
que Michel Temer fez bonito enquanto esteve alojado na corte infestada de
vigaristas.
O que nem
Santana consegue entender é por que tanta gente acreditou por tanto tempo nas
fantasias que criou para apresentar como salvadores da pátria três estadistas
de galinheiro. Augusto Nunes/Veja CONFERE
LÁ
Não é preciso ter uma informação privilegiada para apostar na possibilidade de o
ex-assessor do Palácio do Planalto Rodrigo Rocha Loures, preso ontem pela manhã
em Brasília, fazer uma delação premiada, denunciando o presidente Michel Temer.
Assim como também são consequências naturais das investigações as delações dos
ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega. Rocha Loures com mais razão
ainda, pois não parece desses militantes convictos que se calam para ajudar o
partido, como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari ou José Dirceu, que, condenado
várias vezes por corrupção, tenta preservar artificialmente a narrativa do
“guerreiro do povo brasileiro”.
Nem Palocci nem
Mantega são desse tipo, embora petistas de raiz. Pelo que já se sabe, no
esquema de corrupção implantado pelo PT, ajudaram o partido e se ajudaram,
assim como Dirceu, mas não têm, mesmo falsa, uma biografia heroica a preservar
- Merval
Pereira/O Globo – Leia
na íntegra
Se o "7 a
1" virou sinônimo de humilhação no país após a
derrota da seleção brasileira para a Alemanha na Copa de 2014, políticos e
empreiteiras também se esforçam para deixar legado no mesmo sentido. Construídos
ou reformados para o evento por cifras por vezes bilionárias, os estádios
utilizados no Mundial têm aparecido recorrentemente em investigações como
instrumentos de que os envolvidos nas obras teriam lançado mão para
favorecimento próprio, seja sob a forma de sobrepreços, propinas ou caixa dois.
Dos 12 estádios pelos quais desfilaram times do mundo todo entre junho e julho
de 2014, dez já apareceram em investigações recentes de corrupção. As exceções
são a Arena da Baixada, do Atlético-PR, e o Beira-Rio, do Internacional – Leia
na íntegra
Nota de rodapé:
Especialistas calculam o custo exato da corrupção no Brasil - Todos os dias são
novas denúncias nos jornais. Novos relatos de negociatas, trapaças, mentiras
atrás de mentiras. Parece que a gente não vai respirar nunca mais. O Brasil
paga um preço alto, não só no sentido figurado. Especialistas calcularam para o
Fantástico o custo exato da corrupção. Dinheiro que poderia se transformar em
escolas, casas, hospitais. E que se fosse devolvido ao seu verdadeiro dono - o
povo desse país - garantiria mais que um salário mínimo para cada brasileiro: R$ 300 bilhões!
– CONFERE
LÁ
E vai rolar a festa - Há 33 anos, o clamor por Diretas-Já aglutinou futuros rivais em
torno de uma causa comum. Agora, as ruas voltam a pedir eleições diretas para
escolher quem ocupará o Palácio do Planalto caso vingue a anunciada queda de um
segundo presidente em menos de dois anos.
Mas não espere
um "déjà-vu" de 1984 no ato previsto para este domingo (4) no largo
da Batata, na zona oeste de São Paulo, que reunirá artistas como Mano Brown,
Pitty e Chico César, movimentos sociais e 40 blocos carnavalescos para pedir a
cabeça de Michel Temer (PMDB) e um pleito popular.
Apesar de
compartilharem a bandeira "Fora, Temer", grupos de mobilização à esquerda
e à direita não conseguem se entender em 2017 – CONFERE
LÁ
Nenhum comentário:
Postar um comentário