*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 12 de junho de 2017

"Quem é Edgar?"

Nas democracias mais maduras, um político mentir, sobretudo se ele é o presidente da República, é razão suficiente para perder as condições de exercer o cargo para o qual foi eleito. O presidente Michel Temer tem mentido tanto nos últimos dias que seus desmentidos perdem o valor de faceMerval Pereira/O Globo

Com a faca nos dentes para superar no Congresso Nacional até julho a denúncia que está sendo finalizada pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, para, em agosto, retomar com força a aprovação das reformas. Assim o ministro Moreira Franco resumiu na noite desta sexta-feira a disposição do presidente Michel Temer após conseguir a vitória no Tribunal Superior Eleitoral. Para o Temer e seus aliados, foi a mais importante para que esse governo chegue ao final, em dezembro de 2018.
Durante a animada festa de aniversário do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Temer traçou cenários das batalhas que tem pela frente, mas se mostrou confiante de que o pior já passou. Aos presentes, Temer disse que o risco maior de cassação era no TSE e que, no Congresso, terá os votos necessários para rejeitar o pedido de impeachment - Leia na íntegra.
A grave crise econômica e o avanço do desemprego no país levaram o número de pessoas com o “nome sujo” ao maior patamar em dois anos, segundo dados divulgados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPCl) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas nesta sexta-feira [9].
Um exército de aproximadamente 60,1 milhões de brasileiros estão com restrições ao CPF, enfrentando problemas para contratar empréstimos, financiamentos ou realizar compras parceladas, o que representa quase 40% da população brasileira adulta. [...].
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, por ora, é precipitado atribuir os sinais de estabilidade da inadimplência a uma provável melhora do quadro macroeconômico, já que a retomada do crescimento, quando vier, ainda demandará tempo para traduzir-se em aumento do emprego e da renda, que são os fatores que mais impactam nos índices de inadimplência e consumo – Leia na íntegra

Bingo! - A decisão do TSE de absolver a chapa Dilma-Temer levantou o debate sobre a necessidade de uma Justiça Eleitoral. O órgão, que tem orçamento para este ano de R$ 2 bilhões, custa R$ 5,4 milhões por dia aos cofres públicos, segundo a ONG Contas Abertas.
A maior parte é destinada ao pagamento de pessoal. “Em nenhuma democracia importante do mundo, tem Justiça Eleitoral”, ressalta o deputado Roberto Freire (PPS-SP), para quem o ambiente para tratar da extinção da Corte está posto. “A discussão era isolada, mas agora vai ganhar adeptos”, diz.
No Senado, uma proposta de mudança na composição do TSE já ganha espaço. De autoria do senador José Reguffe, ela muda o modelo de escolha dos ministros, tirando esse poder do presidente da República – CONFERE LÁ
-Tai uma boa ideia que poderia ser estendida a tantas outras aberrações do combo “pasta ministeriais com interesses políticos administrativos” - mais conhecidas nas rodas da malandragem como “balcões de negócios”. Alguns exemplos (“alguns” porque se for fundo acha-se mais):
Ministério das Cidades;
Ministério dos Direitos Humanos;
Ministério do Meio Ambiente;
Ministério dos Esportes;
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário + Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento (?);
Ministério Integração Nacional – O que será que faz um “Ministério Integração Nacional”?;
Ministério Transparência, Fiscalização e CGU – já existe uma Advocacia-Geral da União. Também, até o momento, não é muito claro para o Governo o que vem a ser “Transparência” e “Fiscalização”, e
Ministério Turismo.
O orçamento “oficial” destes ministérios - para os exercícios 2015/2016 - foi de 117,94 bilhões - já corrigidos pela inflação do período, também “oficial” - É dinheiro pra caramba

   
"Quem é Edgar?" - Esta é uma pergunta repetida nos mundos político e jurídico em Brasília desde que a Policia Federal a incluiu nas 82 questões formuladas ao presidente Michel Temer, e não respondidas.
A identidade de Edgar pode ajudar ou complicar ainda mais a vida do presidente.
No questionário, com 82 perguntas, a PF quis saber: "Vossa Excelência tem alguém chamado "Edgar" no universo de pessoas com quem se relaciona com certa proximidade? Se sim, identificar tal pessoa, mencionada a atividade profissional, eventual envolvimento na atividade partidária, descrevendo, ainda, a relação que com ela mantém."
Como Temer não respondeu às perguntas, as investigações seguem e pelo menos três pessoas com o nome Edgar já foram identificadas: Uma delas é ligada ao ministro Eliseu Padilha; a segunda, a uma empresa no Porto de Santos (outro assunto que interessou à PF aprofundar a investigação porque envolve o presidente); a terceira, citada em delação premiada.
Há o interesse em saber quem é Edgar porque, numa conversa de Ricardo Saud, da JBS, com Rodrigo Rocha Loures, em determinado momento, Loures fala que um tal Edgar poderia ser a pessoa a receber outras parcelas de propina referentes ao grupo - Cristiana Lôbo/G1Leia na íntegra

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