“Tudo conspira para o opróbrio deste país: a imperfeição
das leis, a degeneração das instituições e a versatilidade dos homens públicos.
O [chefe de Estado] prevarica; o ministro usurpa; o Parlamento suicida-se,
abdicando; a polícia prende, recruta e processa; a magistratura hesita; o
escrutínio mente - Esta pérola descoberta pelo historiador José Murilo de
Carvalho... retrato do Brasil traçado em 15-5-1869 pelo jornal “Radical
paulistano”, que teve entre seus redatores Rui Barbosa, Joaquim Nabuco e Luís
Gonzaga Pinto da Gama” coluna de Ancelmo Gois, jornal O Globo no
domingo 23
A Polícia
Militar perdeu 7,7% de seu efetivo em dois anos. Foram
3.805 agentes que deixaram de cuidar da segurança do estado. Ontem, durante o
enterro do soldado Thiago Marzula, de 30 anos, o comandante da PM, coronel
Wolney Dias Ferreira, lamentou a falta de recursos do estado para repor o
quadro. Segundo ele, há quatro mil concursados à espera da convocação.
“Temos uma perda
anual de 1.200 a 1.300 homens, seja por falecimento, passagem para a
inatividade ou incapacidade física. E hoje eu não tenho reposição. Em razão da
crise, eu não posso incorporar policiais militares”, disse o coronel que “defendeu
nesta terça-feira mudanças na legislação para que assassinos de policiais
militares possam ser condenados à prisão perpétua” – Leia
na íntegra
Enquanto
isso o tráfico dita as ordens em UPAs do Rio: Em Costa
Barros, só podem ser atendidos pacientes que moram na favela da Pedreira,
enquanto na UPA de Ricardo de Albuquerque o atendimento médico é restrito a
quem vive no Morro do Chapadão. As duas favelas são controladas por facções
rivais.
Já com o motor e a sirene ligados,
uma ambulância estava pronta para sair às pressas da Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) de Costa Barros para o hospital de emergência mais próximo.
A equipe de médicos e enfermeiros,
que lutava para manter vivo um paciente atingido por três tiros, foi
surpreendida pouco antes da partida. A porta do veículo foi aberta.
Do lado de fora, dois jovens, de
bermudas, sem camisas, com cordões e pulseiras de ouro, apontavam fuzis para
dentro do carro. Um deles berrou, dirigindo-se ao baleado: “Tu é alemão, tu é
alemão!”, ameaçando matar o paciente. Em meio ao pânico, a enfermeira com a
arma apontada contra o peito, entendeu de imediato o motivo da confusão: as
fronteiras invisíveis que o tráfico criou, separando comunidades dominadas por
facções criminosas diferentes, tinham se expandido.
O homem baleado,
morador de uma favela, não poderia ser atendido na UPA, instalada em uma área
controlada por seus rivais - jornal O Globo domingo 23.
Concordo com o
coronel só que estenderia MMMM a tofo MMMM
Nota de rodapé:
As estatísticas de Brasília informam que nos últimos anos entraram onze mil
fuzis no Rio de Janeiro – Elio Gaspari, jornal O Globo domingo 23.
Piratas armados com fuzis e metralhadoras e em barcos velozes saqueiam R$ 100
milhões por ano de embarcações de carga na Amazônia, informa Karla Mendes.
Os alvos
preferenciais são barcos com combustíveis, mas eletrônicos da Zona Franca de
Manaus também estão na mira dos “ratos da água”.
Os assaltos nos
trechos Manaus-Belém e ManausPorto Velho quadruplicaram: de 50, em 2015, para
mais de 200 no ano passado.
A era dos
piratas não acabou. Ela apenas mudou de rota: da costa brasileira foi para os
rios da Amazônia. Em vez de olho tapado e espadas, capuz, metralhadoras e fuzis
AR 15. Para comunicação, sistema de rádio VHF.
A nova “caça ao
tesouro” agora é por combustível, que representa 70% do prejuízo de R$100
milhões por ano para as empresas que fazem transporte de carga pelos rios da
floresta amazônica. Jornal Estado de São Paulo, domingo 23.
A boa noticia da semana:
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