*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Brasil, um país dominado

Tudo conspira para o opróbrio deste país: a imperfeição das leis, a degeneração das instituições e a versatilidade dos homens públicos. O [chefe de Estado] prevarica; o ministro usurpa; o Parlamento suicida-se, abdicando; a polícia prende, recruta e processa; a magistratura hesita; o escrutínio mente - Esta pérola descoberta pelo historiador José Murilo de Carvalho... retrato do Brasil traçado em 15-5-1869 pelo jornal “Radical paulistano”, que teve entre seus redatores Rui Barbosa, Joaquim Nabuco e Luís Gonzaga Pinto da Gamacoluna de Ancelmo Gois, jornal O Globo no domingo 23

   
A Polícia Militar perdeu 7,7% de seu efetivo em dois anos. Foram 3.805 agentes que deixaram de cuidar da segurança do estado. Ontem, durante o enterro do soldado Thiago Marzula, de 30 anos, o comandante da PM, coronel Wolney Dias Ferreira, lamentou a falta de recursos do estado para repor o quadro. Segundo ele, há quatro mil concursados à espera da convocação.
“Temos uma perda anual de 1.200 a 1.300 homens, seja por falecimento, passagem para a inatividade ou incapacidade física. E hoje eu não tenho reposição. Em razão da crise, eu não posso incorporar policiais militares”, disse o coronel que “defendeu nesta terça-feira mudanças na legislação para que assassinos de policiais militares possam ser condenados à prisão perpétua” – Leia na íntegra
Enquanto isso o tráfico dita as ordens em UPAs do Rio: Em Costa Barros, só podem ser atendidos pacientes que moram na favela da Pedreira, enquanto na UPA de Ricardo de Albuquerque o atendimento médico é restrito a quem vive no Morro do Chapadão. As duas favelas são controladas por facções rivais.
Já com o motor e a sirene ligados, uma ambulância estava pronta para sair às pressas da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros para o hospital de emergência mais próximo.
A equipe de médicos e enfermeiros, que lutava para manter vivo um paciente atingido por três tiros, foi surpreendida pouco antes da partida. A porta do veículo foi aberta.
Do lado de fora, dois jovens, de bermudas, sem camisas, com cordões e pulseiras de ouro, apontavam fuzis para dentro do carro. Um deles berrou, dirigindo-se ao baleado: “Tu é alemão, tu é alemão!”, ameaçando matar o paciente. Em meio ao pânico, a enfermeira com a arma apontada contra o peito, entendeu de imediato o motivo da confusão: as fronteiras invisíveis que o tráfico criou, separando comunidades dominadas por facções criminosas diferentes, tinham se expandido.
O homem baleado, morador de uma favela, não poderia ser atendido na UPA, instalada em uma área controlada por seus rivais - jornal O Globo domingo 23.
Concordo com o coronel só que estenderia MMMM a tofo MMMM
Nota de rodapé: As estatísticas de Brasília informam que nos últimos anos entraram onze mil fuzis no Rio de Janeiro – Elio Gaspari, jornal O Globo domingo 23.

Piratas armados com fuzis e metralhadoras e em barcos velozes saqueiam R$ 100 milhões por ano de embarcações de carga na Amazônia, informa Karla Mendes.
Os alvos preferenciais são barcos com combustíveis, mas eletrônicos da Zona Franca de Manaus também estão na mira dos “ratos da água”.
Os assaltos nos trechos Manaus-Belém e ManausPorto Velho quadruplicaram: de 50, em 2015, para mais de 200 no ano passado.
A era dos piratas não acabou. Ela apenas mudou de rota: da costa brasileira foi para os rios da Amazônia. Em vez de olho tapado e espadas, capuz, metralhadoras e fuzis AR 15. Para comunicação, sistema de rádio VHF.
A nova “caça ao tesouro” agora é por combustível, que representa 70% do prejuízo de R$100 milhões por ano para as empresas que fazem transporte de carga pelos rios da floresta amazônica. Jornal Estado de São Paulo, domingo 23.

A boa noticia da semana:
   

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