*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 4 de julho de 2017

Quando a autoridade nasce torta, morre torta

O Brasil é uma terra que tem lei, mas vive como um país sem lei. Não tem modelo político/econômico que sobreviva a esta realidade” - Janaina Paschoal pelo Twitter

Numa ação relâmpago na noite de quarta-feira, o presidente Michel Temer indicou a subprocuradora-geral Raquel Dodge para chefiar o Ministério Público Federal (MPF), nos próximos dois anos, numa suposta tentativa de esvaziar os poderes do atual procurador-geral Rodrigo Janot, que o denunciou por corrupção.
A decisão do presidente apressa a mudança do centro do poder no Ministério Público, mas para Janot ainda restam mais dois meses e 17 dias de mandato e uma extensa agenda de trabalho, que pode trazer ainda muitas dores de cabeça a políticos investigados por desvios de dinheiro da Petrobras e outras áreas da administração federal.
No sábado, numa palestra no 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, em São Paulo, Janot deixou claro que “enquanto houver bambu, vai ter flecha”. O procurador-geral não pretende reduzir o ritmo de trabalho na reta final do seu mandato só porque Temer espera tratamento diferenciado da candidata que indicou para comandar o MPF, depois de ouvir conselhos do ministro Gilmar Mendes – leia na íntegra
Enquanto isso... A futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tem dito a alguns que o antecessor Rodrigo Janot pode ficar tranquilo, porque ela não pretende fazer uma devassa no trabalho dele. Ela pretende, sim, marcar diferenças entre os resultados de um e de outro. Na Lava Jato, por exemplo, Sérgio Moro já procedeu 76 condenações. No Supremo Tribunal Federal, até agora ninguém foi condenado. Ela vai partir para a cobrança de investigações e julgamentos com mais celeridade. Denise Rothenburg/Correio Braziliense
-Rola pelos corredores da Papuda que Temer pode ter atirado no que viu e acertado o que não queria ver. Quem sobreviver verá!

O presidente da França, Emmanuel Macron, quer impulsionar um "caminho radicalmente novo" em seu país, com uma "transformação profunda" que passará por uma reforma das instituições, incluindo a redução em um terço no número de deputados e senadores.
"Até agora, muitas vezes, nós seguimos pelo caminho errado", disse o mandatário aos parlamentares do país reunidos em sessão conjunta extraordinária no Palácio de Versalhes, ao anunciar as linhas que seu governo seguirá – Leia na íntegra 
Esta seria uma das – eu disse “uma das” – grandes atitudes que o Brasil precisa tomar pra começar a sair do atoleiro em que se encontra. Só que no nosso caso precisaríamos reduzir em pelo menos 60% o número dos nossos nobres deputados e senadores. E nem é tão difícil assim, é executar a Lei - só ministro Fachin, relator da Operação Lava Jato  no STF, já autorizou que Procuradoria-Geral da República investigue  8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados federais... isso há um ano – simples assim. 

   
Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) instaurou um inquérito para apurar se o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures foi privilegiado ao receber uma tornozeleira eletrônica do estado. O equipamento foi cedido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, no último sábado (1º), em Goiânia. O promotor Fernando Krebs afirma que quer saber de onde veio a ordem para que o equipamento fosse liberado por isso abriu o procedimento. Segundo ele, faltam equipamentos para atender todos os detentos do estado que deveriam ser colocados em liberdade.
Nós estamos instaurando inquérito civil para apurar porque este preso foi beneficiado enquanto para os nossos faltam tornozeleiras. Se estivesse sobrando tornozeleira até se admitiria, um pedido de socorro, entregar. O problema é que está faltando aqui”, disse em entrevista à TV Anhanguera – Leia na íntegra
-Como reza a lenda, “O pau que nasce torto morre torto”. Até na hora da prisão de um meliante a “autoridade”, mostra toda a sua “tortuosidade” furando a “fila das tornozeleiras”.
Aliás o Brasil chegou a um nível tão alto no quesito “crime de corrupção” que tem até “fila de tornozeleiras”. O meliante, condenado, quando recebe uma tornozeleira é considerado um “privilegiado”. É tipo um troféu. Um bônus para a liberdade.
Esculhambação de rodapé: E, pra quem está em prisão domiciliar, o mercado lançou uma novidade: tornozeleira com WhatsApp! Tornozeleira com wi-fi! Eu quero! Eu quero ficar em prisão domiciliar pra sempre. De moletom! - José Simão/Folha de São Paulo

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