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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

As eleições de 2018 vão renovar a política?

"Lamentavelmente, eu vejo uma ausência de um discurso mais vigoroso por parte das autoridades políticas brasileiras em relação ao problema da corrupção. Fica a impressão de que essa é uma tarefa única e exclusiva de policiais, procuradores e juízes" Sergio Moro em entrevista concedida à integrantes do grupo internacional de jornalismo colaborativo "Investiga Lava Jato

   
É crescente a preocupação, em gabinetes destacados de Brasília, com a potencial influência do crime organizado nas próximas eleições. Setores de inteligência do governo e o Judiciário monitoram o avanço das organizações criminosas sobre o sistema político nacional, mas é o Congresso quem tem, neste momento em que está prestes a votar mudanças nas regras eleitorais, as melhores condições de criar mecanismos que tirem o Brasil da rota já trilhada, por exemplo, por México e Colômbia.
O financiamento das campanhas é um ponto crucial nessa matriz de riscos. Passada a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, a Câmara dos Deputados irá se debruçar sobre a reforma política que tramita em comissão especial.
O Senado também discute o assunto e, pelo menos a princípio, o financiamento das campanhas de 2018 deve se restringir a um fundo público e a doações de pessoas físicas. O problema é justamente que apenas organizações criminosas e instituições religiosas detêm sempre grandes quantias de dinheiro vivo em caixa e, com a ajuda de moradores de suas comunidades ou integrantes de suas congregações, podem contar com diversos CPFs para lavar doações a candidatos de seu interesse - Por Fernando Exman, Valor, blog do Noblat/O GloboConfere lá  
Aliás e a despropósito:
As eleições de 2018 vão renovar a política?
-O sistema político brasileiro foi desenhado para se autoperpetuar. Não teríamos um Obama, que fez campanha por quatro anos para se tornar conhecido. Aqui a lei só permite isso a três meses da eleição. Burocratizamos e estatizamos o sistema político.
Qual o melhor modelo?
-Defendo financiamento público e privado, com regras duras e sanções efetivas. É preciso reduzir exigências de prazo de filiação e de domicílio eleitoral. E uma cláusula de barreira de 1,5%, como se quer agora, é piada. Não se pode imaginar que sejam necessários 29 partidos para expressar a opinião dos brasileiros.
A reforma política vai em outra direção, não?
-As regras vão trazer pessoas parecidas com as que estão aí. O sistema não permite a revascularização das instituições políticas.O voto distrital poderia criar novidades, porque a eleição fica mais acessível. Mas o modelo do distritão é para os que já estão no sistema.
Entrevista de Roberto Brant - ex-ministro da Previdência - para a Agencia Brasil – Confere lá

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