*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sábado, 5 de agosto de 2017

Um rolezinho pela “Democracia”

Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mimMillôr Fernandes

   
O mundo inteiro critica, com razão, o método pelo qual Nicolás Maduro resolveu eleger sua Assembleia Constituinte. O candidato a tirano compilou um elaborado mecanismo de escolha pelo qual pequenas cidades do interior, onde o chavismo é mais forte, têm quase o mesmo peso de capitais, com populações incomensuravelmente maiores e mais oposicionistas... O problema com o sistema de Maduro é que ele foi desenhado para produzir um colégio pró-governo quando a população há muito deixou de sê-lo. Para isso, o ditador teve de afastar-se do princípio do "um homem, um voto" que deveria caracterizar as democracias. Escrevo "deveria" porque, apesar de óbvio, o princípio nem sempre é respeitado, mesmo em democracias consolidadas.
O caso americano é emblemático. O presidente ali não é eleito diretamente pela população, mas através de um arcaico sistema indireto que permite, inclusive, que seja escolhido o candidato que recebe menos sufrágios populares. Foi o que ocorreu com Trump, que obteve 3 milhões de votos a menos do que Hillary Clinton.
No Brasil, algo parecido ocorre no Legislativo. As bancadas estaduais na Câmara estão limitadas a um teto de 70 deputados e têm o número de oito parlamentares como piso. Isso significa que Estados mais populosos (leia-se São Paulo) ficam com a representação tolhida, e os pequenos a têm inflada. Pelo princípio do "um homem, um voto", São Paulo, com 45 milhões de 207 milhões de habitantes, deveria ter 112 das 513 cadeiras da Câmara... - Hélio Schwartsman/FolhaLeia na íntegra

O Brasil vai pedir neste sábado durante reunião do Mercosul em São Paulo a suspensão da Venezuela do bloco. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, em suas redes sociais:
"É intolerável que nós tenhamos no continente sul-americano uma ditadura. Houve uma ruptura da ordem democrática na Venezuela e, por consequência, o Brasil vai propor que ela seja suspensa do Mercosul até que a democracia volte. O governo de um país democrático não pode conviver, de braços cruzados, com uma ditadura ao nosso lado. Essa é minha posição e a posição do governo do Brasil", publicou o ministro – Leia na íntegra
Nota de rodapé1- As professoras brasileiras de direito penal e direito internacional Janaína Paschoal e Maristela Basso vão ao tribunal de Haia, na Holanda, contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
As docentes da USP apresentarão ao Tribunal Penal Internacional uma solicitação de "amicus curiae" nas denúncias formuladas por Colômbia e Chile contra o líder chavista.
Na petição, as professoras explicitam as razões pelas quais entendem que suas manifestações vão contribuir para a solução da crise no país vizinho - Leia na íntegra
Nota de rodapé2 - Os arquivos do Meinl Bank Antigua (MBA), comprado pela Odebrecht no Caribe para movimentar propinas no exterior, guardam dados sobre contas secretas de autoridades da Venezuela, que receberam parte dos US$ 98 milhões de corrupção que a empreiteira diz ter pago no país.
Atolado em uma crise histórica, a Venezuela é país estrangeiro – de uma lista de 12 – em que a Odebecht mais pagou propinas, segundo revelaram os delatores do grupo, entre eles Marcelo Bahia Odebrecht – presidente afastado, preso desde junho de 2015, em Curitiba. Ao todo, 78 pessoas fecharam acordo com a Operação Lava Jato, no Brasil, e com autoridades dos Estados Unidos e Suíça, em dezembro de 2016 - Leia na íntegra

O jornal americano “New York Times” informou ontem que o governo do presidente Donald Trump prepara uma investigação sobre se a política de cotas para negros em universidades americanas está discriminando candidatos brancos.
O Departamento de Justiça americano estaria iniciando a seleção de pessoal para investigar as políticas de ação afirmativa — o que pode vir a ser a base para uma mudança das políticas que visam reduzir a diferença de escolaridade e de renda entre brancos e negros nos Estados Unidos.
De acordo com fontes sigilosas ao jornal, a proposta partiu do procurador-geral Jeff Sessions, considerado um dos nomes mais conservadores do governo Trump e que, no início de sua carreira, chegou a ser rejeitado como juiz federal por ter sido acusado de ser adepto de teses racistas.
Muitos estudos indicam que as populações negra, latina e indígena tiveram mais acesso à educação superior a partir das políticas de cotas. Muitos países, inclusive o Brasil, se inspiraram nestas políticas para criar diretrizes que facilitam o acesso de negros e pobres às universidades, com reservas de vagas ou aumento de pontuação nos processos de seleção... A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, não negou nem confirmou a reportagem do “New York Times” na entrevista que concedeu ontem - Leia mais

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