*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sábado, 19 de agosto de 2017

“Viver é um rasgar-se e remendar-se”

Olho para minhas cicatrizes e me lembro da dor que ficou lá atrás, junto com as histórias que desconstruí e voltei a escrever com uma caligrafia mais amadurecida.
Tenho descoberto que, assim como Guimarães Rosa poetizou, “Viver é um rasgar-se e remendar-se”.
Talvez ele já soubesse que a vida é feita de desconstruções e reconstruções, e que, ainda que nossas bainhas desfeitas nos causem tanta dor, outros arranjos serão possíveis no seu tempo, mostrando que jamais seremos os mesmos, mas isso também significa crescertrecho de uma crônica de Fabíola Simões para o site CONTIoutra

   
Agora a coisa vai - O governo vai eliminar 60 mil cargos efetivos que estão atualmente vagos para reduzir os gastos públicos. A medida veio junto com o anúncio da elevação do teto para o rombo das contas públicas em 2017 e 2018, para R$ 159 bilhões. "Deverão ser priorizados aqueles que deixaram de ser necessários na administração pública, tendo em vista as novas tecnologias e as mudanças no mundo do trabalho. A intenção com essa medida é evitar, no futuro, a ampliação de despesas decorrente da ocupação desses cargos", informou o ministério. Veja alguns cargos que serão cortados:
Datilógrafo, radiotelegrafista, perfurador digitador, operador de computador, técnico de nutrição, técnico de colonização no Ministério do Meio Ambiente/Ibama, motorista oficial, técnico de secretariado, agente de vigilância, agente de inspeção de pesca, classificador de cacau, fiscal tributário do café, fiscal tributário do açúcar e do álcool – Confere lá
No mais... O cardápio é diversificado. No café da manhã há frutas, sucos, queijo prato e de minas, presunto magro, peito de peru, torradas e, claro, opções de bolos caseiros.
No almoço ou jantar são oferecidas saladas de folhas variadas e "proteínas" (carne bovina, suína, frango ou peixe), com ao menos quatro acompanhamentos.
O lanchinho da tarde tem sempre caldos, pizzas, esfirras, sanduíches e salgados (miniquiches, empadas, coxinha ou bolinho de bacalhau). E doces: brigadeirão, pudim, manjar branco, musse, torta ou gelatina.
Mas o melhor mesmo, para os exclusivos 55 clientes do "restaurante vip" da Câmara Municipal de São Paulo, é o preço. Ninguém paga absolutamente nada. O custo das refeições dos vereadores é bancado pelo contribuinte.
O Legislativo paulistano pretende gastar até R$ 769,3 mil nos próximos 12 meses com a alimentação dos representantes da cidade, servida quando há sessões no plenário ou reuniões das comissões parlamentares de inquérito – Indigne-se (?) na íntegra

   
Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, passaram várias horas da manhã de terça-feira no gabinete do presidente tentando encontrar a meta fiscal. Temer confirmou a seus assessores que dissera “tem que manter isso aí” em referência ao documento, que propunha um limite de R$ 139 bilhões para o déficit do ano fiscal de 2017.
Apesar da memória do presidente, sua equipe não logrou êxito em localizar a meta. O ministro Moreira Franco, há algumas horas, mudou a estratégia do Planalto e passou a culpar o copeiro: “Não se pode jamais confiar no mordomo num país como o Brasil.”
Por volta das 16 horas o deputado Wladimir Costa subiu ao púlpito da Câmara para fazer um anúncio. Sob vaias da deputada Maria do Rosário, o paraense tirou o paletó e a camisa para exibir sua nova tatuagem. No ombro direito, onde antes exibia uma bandeira do Brasil e o nome ‘Temer’, agora se encontram um pergaminho contábil e a palavra ‘meta’. O deputado afirmou que “a meta está satisfeita, sendo muito bem cuidada pelo centrão.”
Diante de boatos surgidos em redes sociais de que a meta fiscal estaria sendo dopada por deputados na Cracolândia, professores de economia do Insper ofereceram-lhe asilo político. “Olha, basta estabelecer todos os parâmetros, que o país se ajeita. Assim que acharmos a meta, o Brasil rumará novamente para o futuro”, afirmou Marcos Lisboa, presidente da instituição - by iPiauiHerald/Estadão

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