*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

“As armas de cada um” por Denise Rothenburg*

  
Pronto. Rodrigo Janot fecha o pano de sua performance no comando da Procuradoria Geral da República com a nova denúncia contra o presidente Michel Temer, anunciada desde junho.
Para reforçar, colocou no balaio os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Incluiu ainda os presidiários Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha, Rodrigo Rocha Loures e Henrique Eduardo Alves, além do delator que foi para a cadeia depois da delação (surreal, não é?), Joesley Batista e Ricardo Saud, que tiveram os acordos de delação suspensos pela PGR.
A inclusão de Joesley e Saud nesse grupo é para ver se sensibiliza mais deputados a votarem pela licença para que Temer seja processado no STF. Para completar, vêm fatos desde 2006, ainda no governo do presidente Lula, no pós-mensalão, quando essa parcela do PMDB se aproximou do PT.

O Planalto, por sua vez, tenta há meses se preparar para apresentação dessa denúncia da mesma forma que as autoridades da Flórida se organizaram para receber o furacão Irma. Já sabiam que viria.
Não previram, porém, o roteiro, por exemplo, a inclusão de Joesley e Ricardo Saud entre os denunciados, tampouco com fatos anteriores ao governo do presidente Michel Temer.
Aliás, o fato de citar episódios antigos, é visto no Planalto como algo que pode ajudar Temer, porque o presidente só pode responder por ações dentro do mandato.
Da parte dos congressistas, a ordem é votar essa denúncia até meados de outubro. Vem por aí, a segunda edição do discurso da perseguição do procurador ao presidente e também da melhora na economia. A avaliação inicial é a de que, se Temer venceu a primeira, com todo o impacto que houve à época, essa será mais fácil. Falta combinar com a base.
*Denise Rothenburg escreve para o Correio Braziliense

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