O Senado vai barrar o castigo
que o Supremo deu pro Aécio!
E quem vai liberar o Aécio é o
Eunício.
E o chargista Amarildo revela o
Aécio ligando pro Eunício: "Pô, tio, vê se consegue um vale-night pra mim
aí no Senado".
Aécio ganha vale night! Eterno!..
O Aécio tá ficando igual ao Maluf; é culpado, mas ninguém pega!
José Simão Folha de São Paulo
Imagem do Q&M
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O mineiro Aécio
Neves deve estar comovido. De castigo em casa, à noite,
sem as baladas que o tornaram tão conhecido no Rio de Janeiro, o neto de
Tancredo Neves saboreia o motim do Senado contra o Supremo Tribunal Federal. Um
motim em seu nome.
Despido mais uma
vez de seu mandato, por receber de Joesley Batista malas de dinheiro vivo, numa
soma total de R$ 2 milhões, Aécio reza para não ser preso.
Além de contar
com Michel Temer, “o presidente dos 3% de aprovação popular”, e com os aliados
de sempre, entre eles o ministro do STF Gilmar Mendes, que deseja soltar todo
mundo na Lava Jato, o “tucano terrible” ganhou a defesa veemente do PT. Uma
defesa enviesada.
A nota do PT
chama Aécio de “hipócrita” e “falso moralista”. Mas condena a decisão do
Supremo de punir o mineirinho. E instiga o Senado a confrontar o STF por
“violar a autonomia e a soberania” do Congresso, em “desrespeito à
Constituição”. O PT quer salvar o mandato de Aécio, quer o companheiro de volta
às tucanagens noturnas, livre, leve e solto. Bonito isso, não? Comovente.
[...].
Aécio Neves
talvez seja, ao lado de Sérgio Cabral, um dos que mais destruíram capital
político no Brasil. Aquele que já foi uma das maiores promessas nacionais do
PSDB, que poderia ter herdado a sabedoria do avô, meteu os pés pelas mãos,
meteu as mãos onde não devia, meteu processos contra quem ousava criticá-lo –
muitos jornalistas se queixam de intervenções e atos de censura –, meteu a vida
particular numa fileira de atos incompatíveis com um homem público. [...].
A sociedade
compara, em nível de crueldade, as quadrilhas de políticos corruptos aos bandos
do narcotráfico, todos sanguessugas de pobres e carentes. Como se pode usar um
mandato para tirar proveito de obras públicas e enriquecer a si próprio e à
prole engomadinha e herdeira de votos? Já deu.
Todo dia vemos
cenas dolorosas na TV. Nossa gente sem esgoto, sem água encanada, sem asfalto,
sem transporte, sem segurança, sem saúde, sem escolas, sem oportunidade,
pagando dívidas no meio do tiroteio da crise, enquanto engravatados indiciados
por crimes cochicham nas sessões do Congresso, exalam prosperidade e trabalham
só três dias na semana. Por que não acabamos de uma vez por todas com o Fundo
Partidário, que financia uma das campanhas eleitorais mais caras do Universo?
Da crônica “Aécio, o herói do quadrilhão do Senado” por Ruth
de Aquino/Época – Leia
na íntegra
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